M.Forman chega aos EUA c/ 2 pés no peito! Contracultura no rolê, estética e discurso profundos, seleção incrível de cantoras, e escancarando a hipocrisia dos tradicionais. A cena do beque com o Schiavelli é de se mijar! O final c/ o músico cheio da $$$ tb
O filme como metáfora da chegada do diretor à América. O estranhamento vem pelo olhar da família com a cultura jovem. Os quadros e reuniões, sejam show de talentos, sejam pais com filhos desaparecidos, deveriam ter certas lembranças às do partido.
A magnífica primeira meia hora é seguida por uma busca um tanto morna, de achados pontuais. O mais importante, contudo, é que Forman não parece despersonalizado em solo estrangeiro.
O primeiro filme americano de Milos Forman é um mecanismo do choque de gerações, da captura de um momento singular - registro histórico. É a estrada que leva ao rompimento entre o novo (que se revela extensão) e o velho (incapaz de ver a metamorfose).
Forman leva sua irreverência contra as instituições, os pudores e o convencionalismo para a América, e encontra no choque de gerações dos anos 60/70 um verdadeiro prato cheio. Belo e divertido filme.