Provocador e ousado, "O Enforcamento" é um manifesto político contra a pena de morte. Mostra o processo como sendo lamentável, desumano, um tanto ridículo e absurdo. Filme importante!
A primeira metade é didática e redundante mas quando Oshima enfoca em questões de realidade x imaginação e transpõe estes questionamentos para a abstração do Japão como conceito de nação acerta em cheio. Há um certo tom panfletário e fechado demais
Versão crua e seca de Céu e Inferno, de Kurosawa, num céu de intenções trama afora que Oshima imprime, irregular e aos trancos e barrancos até o milagroso shot da lua sobre o lago.
Uma obra sobre o humano vs. a burocracia, a lei, e aprofunda nessa questão moral com uma comédia densíssima e bizarra (incrível o talento de Oshima pra comédia). Tem o padre representando a religião, o enforcado coreano. Crítica profunda, coisa de gênio!
Com uma primeira metade que é uma espécie de 12 Angry Men japonês, O Enforcamento por hora parece ser mais um exercício narrativo com um discurso político verborrágico no fundo. Esse efeito lhe leva à extremos da paciência e uma contemplação exagerada.