As linhas traçadas pelo cinema de Sion Sono sempre são tênues e aqui , confesso que sua bizarrice e exagero passaram longe de me conquistar. Muito sangue e violência mas que se torna gratuito e repetitivo em certo ponto.
Desde o gore descarado até o olhar sobre a sociedade submissa de seu país, Sono contrói um universo onde o impacto vai além da imagem, ecoa justamente na mentalidade de uma sociedade. Doentio e brilhante, nas medidas certas.
O retrato mais violento e psicótico possível de como desestruturar um ser levando-o ao fundo do poço e assim reintegra-lo á sociedade como um monstro, não aquele mau, sim, o que sempre quis ser.
A ideia do roteiro é original, mesmo inconsistente, mas o tom excessivamente carnavalesco das cenas (com atuações bem teatrais), contrastando com a morbidez dos atos praticados, chegam a incomodar. Uma abordagem séria poderia resultar num bom thriller.