Lordello exagera na delicadeza e acaba incorrendo na apatia da garota abandonada na estrada sem qualquer explicação plausível. Um pouco menos de resignação teria soado melhor.
O filme tem seus méritos, principalmente na primeira metade, depois vai quebrando o ritmo quando deveria se tornar maior, deixando algumas lacunas (afinal, o que aconteceu com os pais? porque eles abandonaram os filhos?). Mesmo assim, é um bom trabalho.
Uma parte do discurso é batida e algumas passagens deveriam ser mais aprofundadas, mas o embate entre a jovem de classe média e o mundo real tem força, alguma beleza e se mostra como mais um bom fruto da safra do cinema pernambucano.
Uma jornada para aprender a olhar, e como olhar, para o outro e por consequência para si mesmo. Notável como funciona a atriz, carregando todas as cenas do filme.