Parece um primo pobre de "Os idiotas" de Lars Von Trier. Dos 5 filmes que já vi de Lanthimos esse é o pior. Uma tentativa de explorar situações bizarras como ele havia feito com o ótimo Kynodontas mas que aqui não funciona. Personagens rasos, direção que não convence, situações sem energia. A cena da violência com o taco no ginásio totalmente previsível. Você assiste e não acha um propósito na produção e se há a tentativa de causar alguma reflexão falhou miseravelmente
O cinema de Lanthimos sempre vai caminhar numa linha tênue entre o bizarro e o gratuito, entre o genial e o despirocado. Desta vez fiquei com a sensação de um filme um pouco gratuito e que não chega à lugar algum como proposta filosófica e de pensamento.
Lanthimos consegue gerar personagens e estórias das profundezas da alma humana, mas um de seus maiores defeitos é quase sempre repetido: O que fazer com isso? Aonde chegar?
Lanthimos é o diretor do desastre ou do quase. Outra vez, a premissa inusitada degringola a certa altura e compromete o resultado. O terço final é o mais acertado e impressionante.
O cinema de Lanthimos atrai pela forma bizarra que ele explora a humanidade de seus personagens, e em Alpes temos mais uma coreografia fria baseada numa premissa que já prende pela estranheza, sendo conduzida de forma hermética, mas de beleza singular.