Na sequencia, depois de assistir "O lobo de Wall Street", esse me pareceu tão monótono e chato, não tenho boas lembras de banco, após meu pai ser demitido do Banco Nacional na década de 80...
Mesmo com um roteiro um tanto complexo, o filme não perde a agilidade e vai balizando o entendimento para o espectador, resultando em um filme bem interessante.
Gravas faz de seu personagem central um tipo interessante e afastado do lugar-comum. Tourneuil (Gad Elmaleh, pacimonioso na medida certa) é inteligente, ambicioso, mas também autocrítico e cínico diante de suas decisões.
Tem umas quatro ou cinco cenas que são memoráveis no nível dos grandes filmes de máfia, funciona brilhantemente como thriller e é um puta retrato desse covil de cobras que é o nosso sistema econômico mesmo sem se preocupar em se ater a fatos reais.
Uma boa crítica ao sistema financeiro mundial (mesmo semelhante a obras anteriores), apesar do roteiro confuso e com subtramas desnecessárias, ainda que metafóricas (como a tara pela modelo cara e fujona). Faltou um pouco mais de humor irônico às cenas.
Intrincado quebra-cabeça econômico, que constitui uma análise crítica aguda ao sistema financeiro atual e mostra como poucos toda a podridão existente neste meio das finanças. Uma acachapante surpresa digna de aplausos em pé.
Se constrói mais como thriller que um estudo sobre o capitalismo, e fora uma ou duas frases bem sacadas não consegue ir muito além da superfície do tema e do protagonista, impenetrável e dúbio (como um executivo da vida real).