Tem uma ideia super legal e até uma grande camada no fundo. Mas o roteiro de Sang-soo não funciona. Acabando por ficar uma comedia meio tosca e com vários momentos que não funcionam e que demoram demais pra engrenar ou se fazerem verídicos. Uma bela de uma decepção.
Há um desenvolvimento dos desníveis emocionais dos personagens e da tentativa de se agarrar a alguém por simplesmente achar que amor é ter companhia. Mas os diálogos inteligentes, elegantes que esperava de Sang-soo na realidade eram bobos e jogados. Personagens desinteressantes e uma insuportável inclusão de narração permeando vários momentos do filme e brindando ao final de qualquer discurso foi péssimo. Saúde! a quem conseguiu terminar.
Crônica dos romances inacabados, da trivialidade dos encontros, das peripécias do destino, do desajuste entre as formas de pensar e ver o mundo. Tudo regado a fartas doses de álcool, conversas em abundância e conflitos expostos. Representação da vida!
Aqui Hong Sang-Soo comemora o ato de contar histórias e beber com os amigos. É uma façanha ele conseguir filme após filme captar a poesia das coisas simples da vida sem jamais apelar em clichês comuns a esse tipo de proposta.
Apresentando roteiro confuso, e um elenco que insiste em interpretar cada cena com esgar de sorriso abobalhado no rosto, somada a dificuldade de se identificar quem é quem na trama, o filme passeia pela tela, sem qualquer compromisso com a seriedade.
A prosa cotidiana que enfoca os eventos mais ordinários e alterna riso e comoção. Entre os seres humanos, paira uma nuvem de desconhecimento que, em parte, impinge a procura e algumas insensatezes.