Interessante antologia de terror com três diretores bem diferentes. A do Candeias é a história mais fraca de longe. Além chata é confusa. A do Person é bem melhor, ainda que eu acho que podia ter sido melhor, mas o final é muito bom. Já a do Mojica é a melhor. Só aquele começo a torna muito boa. O desenvolvimento é muito e o final só a torna melhor ainda.
O episódio realizado por Ozualdo Candeias é hermético, agressivo, pode ser interpretado de várias maneiras (uma alegoria dos confins do Brasil?). Tem uma forte presença estética. Já o episódio de Person é uma insinuante alegoria política do mal-estar provocado pela ditadura. Para mim o melhor segmento do filme. José Mojica Marins encerra a antologia com um conto de puro horror, na melhor tradição do gênero. Destaque para o realismo nas cenas do enterro.
FIlme dividido em três contos dirigidos por grandes nomes do cinema nacional. O primeiro de Ozualdo tem toda a sua típica marginalidade, certa imcompreensão e experimentalismo numa mistura estranha de western spaguetti e sertão nordestino. O segundo trecho de Person é altamente político ou de certa forma satírico ao temor da invasão guerrilheira cubano no Brasil. O terceiro , e meu preferido , do Zé do Caixão é um baita pesadelo trash que não decepciona.
Ozualdo é muito maluco pro meu gosto. 6,0 - Embora o curta seja simples, o Person é tecnicamente de outro nível, de direção, de narrativa, de conteúdo. Destoa. 8,0 - E o Zé do Caixão faz um bom trash na sua linha, com destaque pra cena da macumba. 7,5
Três cineastas completamente diferentes mostram seus contos de terror,e seguindo o estilo próprio de cada um.
Mojica já era especialista,Person surpreende mas Candeias mostra sua capacidade de extrair imagens do mundo rural.E a roça conta causos...