- Direção
- Ozualdo Ribeiro Candeias
- Roteiro:
- Ozualdo Ribeiro Candeias (escritor)
- Gênero:
- Drama, Romance
- Origem:
- Brasil
- Estreia:
- 31/12/1969
- Duração:
- 96 minutos
Lupas (11)
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Muito poético e reflexivo. Traz todo o drama do crescimento desordenado da maior metrópole do país que acarreta no movimento da favelização e das submoradias. Sugiro a leitura do Quarto de Despejo, da Carolina Maria de Jesus, livro contemporâneo ao filme que casa perfeitamente com a temática trazida ao cinema.
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Personagens que caminham sem rumo. Tomados pela incerteza da exclusão social. Marginalizados pelo jogo da metrópole. Fantasmas habitando os restos da civilização. Apenas caminham. Sua única razão é a morte das coisas. Candeias construiu seu filme deixando as imagens reinarem no inconsciente. Deixando a câmera ser absoluta. Uma força do desespero.
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A ótima premissa nunca é alcançada, se distânciando de um retrato interessante e reflexivo, para se tornar um mero exibicionismo dadaísta. A sujeira, aqui, não passa de um artifício limitado para um experimentalismo vazio e tolo.
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A concepção é brilhante.Os marginalizados vivendo à margem do rio, excluídos enquanto a câmera é o asco do nosso olhar para estes marginais, constantemente somos encarados, afrontados por estes personagens. É lírico, onírico e de certa forma poético.
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tem seus elementos interessantes como a trilha sonora e o uso da câmera subjetiva, mas é muito enfadonho e cansativo. Ainda bem que o cinema marginal fez coisas muito mais interessantes posteriormente.
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08/12/15
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Apenas olhe a tela. O filme mais brasileiro que o Brasil já viu.
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Todos só queriam uma flor; povo carente de jardins! E que não se exaure Godard e trocentos outros cineastas claramente homenageados nos contextos daqui (o terceiro ato é ótimo). Uma bela primeira Direção de Candeias.
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Obra-prima inaugural do cinema marginal (vem daqui o nome do movimento) de difícil descrição, semi-documental mas faz uso de câmera subjetiva e é quase mudo. O final estraçalha qualquer um.
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O filme que abriu o Cinema Marginal não é dos melhores exemplares (até porque precisa ser restaurado),mas já chegou significativo e definiu a carreira de Candeias. Sua trilha sertaneja,seu correr do tempo sem fixar muito,seus personagens estilo Altman.
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Inovador e cheio de boas idéias (a câmera subjetiva!), só peca pelo ritmo excessivamente lento em certos momentos. Em geral, bem sucedido ao transformar o marginal, o lixo, em poesia.