- Direção
- Jean-Pierre Melville
- Roteiro:
- Jean-Pierre Melville
- Gênero:
- Drama, Policial, Suspense
- Origem:
- França, Itália
- Estreia:
- 31/12/1969
- Duração:
- 140 minutos
Lupas (12)
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Uma história que busca adentrar nas sombras da natureza humana, na ambiguidade moral do homem e da sociedade, no fatalismo melancólico de homens carregados de solidão e vazio. É recompensador acompanhar uma mise en scène de um rigor invejável, ao mesmo tempo contemplativa e dinâmica, de uma eficácia que beira o absoluto. Uma narrativa de silêncios reveladores, simetrias ousadas, uma comunhão exemplar entre o realizador e seus atores. A quintessência da arte de Jean-Pierre Melville.
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Com uma paleta de cores, ao mesmo tempo, colorida e sombria em meio a cenários realmente estilosos, Melville executa sua obra sem pressa mas de maneira fluída. O modo como as histórias das personagens se mesclam nos dois primeiros atos e a classe como o assalto à loja é feito são outros pontos fortes do filme.
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Uma direção elegante, inventiva, movimentos de câmera que chamam a atenção, o uso de cores e a fotografia com muita classe, um elenco afiado e uma trama conduzida com calma, sem se explicar o tempo todo, que te instiga a mergulhar nessa história que segue por caminhos imprevisíveis, e na cena do roubo da joalheria uma aula de construção de tensão, meu primeiro melville e já quero ver mais coisas dele, grande filme.
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Admiro o senso estético de Melville por demais, sua obras são forradas de um silêncio inquietante além de uma construção muito próxima ao Noir. Ao mesmo passo sofro com um certo distanciamento dada sua frieza. É um cinema competente mas que não me conquista plenamente.
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A primeira parte é extremamente envolvente, e que mantém o interesse e tensão sempre latente na apresentação dos três infelizes que deverão realizar um assalto "impossível" (embora Gian Maria Volonté desapareça na história), e mesmo esta sequência sendo construída meticulosamente (que nem as trocas de maletas no trem em movimento de Expresso para Bordeaux, que aliás é superior), seu clímax é previsível e pouco memorável. No mais, outro policial obrigatório de Melville.
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Melville e seus filmes gelados e classudos. Materialista, fatalista e existencialista, grande trabalho!
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O estilo classudo de Melville funciona aqui, deixando a história fluir com calma e silêncios que parecem impensáveis nas narrativas do século XXI. Até que vem seu final avassalador.
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Quando homens, mesmo sem querer, se encontram um dia, não importa o que lhes aconteça, ou quaisquer que sejam os seus caminhos divergentes, chegará o dia em que eles se encontrarão novamente no círculo vermelho.
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02/01/12
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Muito bom,com o estilismo característico do Melville,mas em termos de filme de assalto,Rififi é ainda melhor.
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A primeira metade é um primor; porém, no decorrer da metragem, acaba convertendo-se em uma mera trama convencional de assalto a banco; o final - previsível - arruina todo o trabalho de caracterização das personagens realizado inicialmente.
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O chamado CLASSICÃO dos filmes policiais, correto, porém, muito lento, repetitivo, e os atores, estão dentro dos conformes, sem grande performances, de qualquer um deles RECOMENDÁVEL.