Ideia original e instigante, execução fastidiosa e decepcionante. Talvez funcione melhor em uma segunda visita esse misto de imagem, palavra e movimento, daqueles que compõem mostras de arte em centros culturais.
A arte que ganha vida e que literalmente engole o espectador, o coloca dentro de seus mistérios e de suas simbologias. O espectador que vive pelo mistério do entendimento da arte e nenhum dos dois terá seus mistérios resolvidos, ambos grandes enigmas.
É o lenitivo destrinchar artístico em prol de um espectador lúcido; é cobra que engole a própria cauda para validar sua própria existência e realidade, guiada em sua fome pela intrínseca, enquanto inevitável especulação do ser sobre si mesmo.
Sucinta aplicação ao ocultismo pictórico que pluraliza e expande o campo de sentidos dos quadros através de uma imersão museológico-indagativa sucumbindo em uma indubitável infinidade artística de acepções.