- Direção
- Akira Kurosawa
- Roteiro:
- Akira Kurosawa (escrito por), Keinosuke Uekusa (escrito por)
- Gênero:
- Drama
- Origem:
- Japão
- Estreia:
- 31/12/1969
- Duração:
- 98 minutos
Lupas (11)
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"A abordagem racional é o melhor remédio da vida"
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Com um retrato cru e realista de um Japão pós-guerra, Kurosawa nos traz uma análise do estado de espírito de um povo e país daquela época. Com uma dupla de personagens que são quase espelhos um do outro, o Médico estando mais à frente já sabe que o caminho que seu Paciente está apenas o levará à destruição. Orgulho, agressividade, medo, noções equivocadas de honra e lealdade são o lodo infeccioso que suga a alma de bons homens. Uma obra curta, mas excelente de um dos maiores mestres do cinema.
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Kurosawa cria personagens que em nenhum momento deixam de ter suas dúvidas e defeitos escancarados, em um Japão pós Segunda Guerra em frangalhos tendo um pântano sujo, fedido e cheio de doenças como uma analogia cruel mas verdadeira, não só do país, mas também da dupla principal. Medo, orgulho, culpa e uma falsa honra permeiam o filme com um final esperançoso.
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Curto, direto e imponente. Dois personagens excelentes (nas figuras máximas da trupe Kurosawa) de vidas e opiniões opostas mas defendendo suas escolhas ao limite - como bons homens de outros tempos. A cena da briga mortal entre yakuza e o chefe é enorme.
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Kurosawa, era um diretor como poucos, dominava com perfeição sua arte, aqui ele encena com precisão a degradação e redenção de seus personagens! Mifune - no seu primeiro filme com o diretor - já mostrava seu enorme talento!
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Os homens é que são os grandes personagens de Akira Kurosawa. No submundo onde vivem há uma espécie de pântano de águas paradas: é a imagem que resume o pensamento de Kurosawa, o humanista, sobre uma sociedade que despreza o homem.
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Um Kurosawa eminentemente urbano e poderoso na captação de uma atmosfera lúgubre, o lodo onde reside uma alma. Médico e paciente têm mais em comum do que sugere a superfície.
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O filme se encerra quando Kurosawa entrega o significado do rio sujo (seria mais interessante manter a simbologia para o espectador chegar às suas próprias conclusões). De resto me parece um retrato de dois homens extintos da sociedade atual.
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Um dos melhores - e mais agressivos - filmes de Kurosawa. De quebra, uma interpretação assustadora de Toshirô Mifune, em seu melhor papel.
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15/12/08
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Matsunaga é o artífice da própria desgraça. É o seu pesadelo que nos informa disso. Estamos em um ambiente sujo, sombrio, sem esperança. Isso é o pântano que nos informa. Kurosawa diz tanto com tão pouco. Um gigante.