- Direção
- Roteiro:
- Marco Bellocchio
- Gênero:
- ,
- Origem:
- Duração:
- 105 minutos
Lupas (8)
-
Que filme profundamente triste, que família infeliz, que drama melancólico e depressivo, que atuações fortes e intensas, conseguem transmitir toda dor e desespero, toda bondade e altruísmo dúbio dos personagens... Marco, em sua obra, conseguiu transparecer toda a pureza e desespero dos acometidos de distúrbios, físicos ou psicológicos, a mazela de uma sociedade capacitismo e exclusão, obra divina...
-
Aqui, a desintegração da família vem com a morbidez necessária para provocar o espectador e resumir a vida a um peso. Entre as deficiências manifestas e os transtornos ocultos, acompanhamos a trajetória de personagens estranhos e silenciosos demais para deixar escapar o que realmente nutrem pelo resto do seio familiar. Tudo o que sabemos, ao longo da sequência bem filmada de perversidades, é que a narrativa não abre espaços para o perdão.
-
Cinema com apenas um objetivo: causar polêmica. Para mim é uma forma grosseira de se fazer cinema, baixa e superficial.
-
Ousado, desconcertante e assustador. O primeiro filme de Marco Bellocchio é um aterrador ensaio sobre perversão e loucura, destroçando plenamente uma das instituições mais sagradas da sociedade italiana: A família. O mal-estar é total e sempre presente.
-
Bellocchio faz cinema de esquerda qualificado (num clichê inverso mais perturbador do que perturbado). Atmosfera opressiva e confrontação limpa, nada do academicismo por ora circundante.
-
A pegada sádica ao longo de boa parte de sua duração é substituída por um olhar sentenciador, uma espécie de redenção de uma proposta de cinema inicialmente condenável. No fim das contas, o resultado não deixa de ser perturbador.
-
Sensível ao tratar de um tema tão forte. Relações familiares bem construídas e um personagem principal cheio de controvérsias e ambiguidades. Filme notável.
-
30/04/11