"Como o título diz, é tudo sobre a hora e transformar cada um de nós para finalmente desenvolver nosso potencial, revelando que somos capazes de transformação."
Tempos difíceis para a cultura no tempo da Ditadura, creio que este filme sequer tenha saído: a cópia que nos chega até hoje é bastante deteriorada. Mas é um grande filme apesar de tudo, com grandes tomadas e que lembra uma mistura de Sergio Leone com Glauber Rocha.
18/08/12 -Mostra de forma seca porém comovente a decadência, o flagelo e a redenção de Augusto Matraga. Destaca-se a grande atuação de Leonardo Villar, a fotografia em P&B em belas tomadas da paisagem mineira e a trilha-sonora inspirada de Geraldo Vandré.
Antológico! Não entendo como não ganhou Cannes. Obra prima de G. Rosa, adaptada com maestria pro cinema e trilha maravilhosa de G. Vandré. Mais que um retrato de um ambiente, de uma época, é uma grande história de valores universais. L. Villar monstro!
A violência é inerente ao ser humano. Matraga é humano, é conflituoso, é ambíguo, é fruto de um ambiente selvagem, grandioso, lugar belo por natureza, mas vazio, triste, distante. Matraga doma um animal. Harmonia. Um grande conto, um belíssimo filme.
Dos melhores exemplares do Brasil. mesmo estando na época e lugar do Cinema Novo é sobre um homem (no caso buscando redenção) e não o social. Só por isso grande demais.
Leonardo Villar e Joffre Soares excepcionais.