- Direção
- Kaneto Shindô
- Roteiro:
- Kaneto Shindô
- Gênero:
- Drama, Terror
- Origem:
- Japão
- Duração:
- 103 minutos
Lupas (24)
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Tem excelentes atuações. A direção de Shindõ não é menos do que excelente. Com pouquíssimos personagens e apenas um cenário, consegue trazer uma tensão e clima que são excelentes, principalmente nos últimos 20 minutos. A fotografia é uma das melhores que eu já vi. E a trilha sonora é simplesmente espetacular, já se tornou uma das minhas trilhas favoritas do gênero. O meio achei um pouco repetitivo e também achei que o filme tem um final um pouco abrupto. Apesar disso, Onibaba é um filmaço.
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Essa escuridão que existe desde os tempos antigos. Esse abismo de horrores indescritíveis que habitam o inconsciente humano. É carne, sexo, fome, degradação. O primitivo bestial. O desejo do corpo. O terror do instinto. A imagem é uma hipnose de horror pleno. A natureza é uma dança macabra que envolve os moribundos que ousam continuar existindo no inferno da terra. Impossível não ficar perturbado diante dessa realização impressionante e absurda de Kaneto Shindô. É como levar um soco no estômago.
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O tom da guerra civil oferece um ar tenso - apesar do ritmo ruim - durante o desenvolver da história: a trama familiar envolta por crueldade da matriarca, o sexo proibido, o instinto de sobrevivência... Se o final não fosse abrupto como aparenta, teríamos uma cena extremamente triste segundos depois, mas a intenção de deixar para a imaginação causou uma agonia bem-vinda. Bom retrato da inveja/ciúme e seus efeitos. O demônio é o ser humano.
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O que há de supostamente sobrenatural aqui nunca toma para si o papel de protagonista que esses impulsos primitivos possuem na articulação dramática e formal do filme. Onibaba explora o medo do místico, as consequências sobre-humanas de atos condenáveis que são, essencialmente, humanos. No fim das contas, o mais aterrador mesmo não é uma máscara demoníaca, mas a deformação que ela causa num rosto, o trauma irreparável que significa ser humano em situações extremas.
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A construção do suspense em meio ao drama da luta pela sobrevivência tem bases sólidas, deixando o clímax verdadeiramente tenso. Nas entrelinhas, discute medo, cobiça e dá espaço a duas protagonistas femininas cheias de força.
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A mascara de demônio realmente assusta
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Shindô faz dos efeitos da guerra mazelas não cicatrizáveis (o mal "que sempre existiu") deixadas por suas máscaras diabólicas, trazendo à tona o que há de mais primitivo no ser humano, sob o ritmo de uma intrigante trilha percussiva. Obra-prima do horror.
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Nada menos que genial, a atmosfera é esmagadora e os conflitos no terço final são aterradores. Os valores humanos enaltecidos (sexo) e devastados (assassinatos) pela necessidade, numa construção moral perfeita sobre a condição humana no limite do selvagem
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Gente, como esses japoneses conseguem criar essas obras tão fantásticas com uma estória tão simples? COMO? Que mistério eles tem para guardarem-se assim tão firmes em nossos corações e mentes? Benditos sejam!
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Tem o terror, mas o que me saltou a atenção, foi como o diretor conseguiu ressaltar a volúpia (o filme é quase um pré Império dos Sentidos), tendo atores tão feios. Luxúria e vontade de transar. A trilha-sonora merece um tratado a parte, desenhando o medo
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Surpreendente que seja considerado um dos maiores filmes japoneses. Até os 20 minutos finais que simulam um clima conflituoso e fantástico similar ao da OP O Gato Preto, temos apenas um drama corajoso que está +- no terceiro time do cinema oriental.
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As folhas dançando ao sabor do vento, como as chamas do inferno interior (e exterior) ao qual são condicionadas suas personagens é uma das construções mais bonitas do cinema. E olha que este é só o começo.
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Junto de "Persona" e "O exorcista", filmão-atmosfera para provar que o terror sempre pode ser agravado se as protagonistas forem mulheres apresentadas como forças incalculáveis da natureza. FILMAÇO.
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Shindô critica fervorosamente o moralismo religioso de caráter sempre punitivo e amedrontador. Além disto pincela um retrato um tanto sujo e realista do homem cedendo ao desejo tanto de forma carnal quanto pela degradação moral de seus personagens.
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Shindô faz com que a guerra remeta o ser humano aos seus instintos mais primitivos; assim como um corrompimento das éticas sociais. O tom de crueza acompanha uma trilha sufocante; além da horripilante máscara do demônio.
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12/10/12
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Sei lá quantos filmes há no mundo sobre sexo, religiosidade e culpa, mas este deve estar entre os melhores.
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O filme é bom mais não é tudo o que dizem . Algumas cenas de nudismo são desnecessárias .
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O contexto pertinente, o cenário ideal, a iluminação imersiva, as atuações intensas, o clima envolvente, a trilha pulsante, um final surpreendente. Onibaba tem tudo isso e sua máscara macabra só finca o filme de vez na memória do espectador.
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um dos poucos filmes que me fez ter calafrios e nojo de ser um humano, simplesmente uma obra prima