Rohmer sempre gostou de retratar sujeitos cindidos. E essa predileção se traduz aqui em planos deslumbrantes e diálogos sinceros e banais sobre fé, amor e chances a casualidades, numa condução lenta e irresistível.
O argumento da "aposta de Pascal" é mais que ultrapassado: já foi derrubado em 400 dc; o "personagem católico" de Rohmer é um babaca, e quem já estudou Teoria da Probabilidade sabe que o roteiro, assim como o cu, não tem nada a ver com as calças.
Só pápo-cabeça, que atinge o auge nesta frase: "como se pode dormir com algo que amarrota e sobe quando você se vira?" O resto é só a constante dúvida dos personagens, se querem ou não trepar, que aliás, não se define nem no final...