- Direção
- Eric Rohmer
- Roteiro:
- Eric Rohmer
- Gênero:
- Drama
- Origem:
- França
- Estreia:
- 31/12/1969
- Duração:
- 110 minutos
- Prêmios:
- 22° Festival de Cannes - 1969, 43° Oscar - 1971, 42° Oscar - 1970
Lupas (24)
-
A casualidade das relações e o conceito subjetivo de moralidade. As complexidades do desejo humano. O jogo inerente de intenções ocultas de homens e mulheres. O acaso no significado das coisas. As contradições tão íntimas de cada um. Considero este o melhor e mais exigente filme de Eric Rohmer. São diálogos complexos que revelam muito e escondem um pouco. Uma encenação elegante e meticulosa. Tudo no tempo certo e no melhor espírito da Nouvelle vague. Dá vontade de rever sempre.
-
Durante o filme me entediei em alguns momentos, são diálogos nem sempre envolventes, em alguns momentos me pareceu um intelectualismo vazio, as personagens mulheres são bem mais interessantes que os homens. Mas é um filme que vou gostando um pouquinho mais a cada vez que penso nele, talvez reveja um dia.
-
Os "diálogos afiados" não são mais do que o pseudointelectualismo francês existencial e de homem que trai e é traído de sempre. Ou é burguês (de forma intencional pelo diretor) ou pequeno-burguês (nem sempre tão intencional, como a todos aqui). De Rohmer, o melhor que já vi até hoje - o que significa muito pouco, na minha opinião.
-
Não é mal-feito mas é bastante desmotivador. Depois de alguns minutos cansa demais, aquelas discussões teóricas inúteis sobre Pascal e jansenismo são de lascar - Fé se vive, é sentir e seguir, jamais discutir. Cinema francês é extremamente repetitivo, sempre traições, pseudo-intelectualidade, banalização do amor, absurdos sobre o casamento...
-
Diálogos afiados sobre religião, moral, filosofia, sexualidade e as relações da vida em si permeiam todo o filme, uma pena que toda essa verborragia não tenha funcionado por completo comigo, fazendo a experiência ser um tanto quanto desinteressante e pouco instigante.
-
Quase 2 horas da mais pura conversa franca explorando tópicos como os meandros da moral, religiosidade e natureza humana. É impressionante como Rohmer domina o espaço-tempo das situações proporcionando uma incrível experiencia reflexiva em vários niveis.
-
A palavra que talvez defina o cinema de Rohmer seja sua forma orgânica de apresentação de situações e personagens. Aqui o embate entre razão x desejo, moralidade x liberdade geram uma discussão que há tempo se perdeu, mas cairia bem para esta geração.
-
18/11/11 - Com diálogos complexos, é uma reflexão sobre o prazer e a moralidade, a religião e a liberdade.
-
A crueza estética (não como defeito), atingida pela sutileza da câmera e da montagem e pela fotografia monocromática e com iluminação natural de Néstor Almendros, contrabalança-se com o calor interpessoal. Rohmer conhecia a vida como poucos cineastas.
-
Na cena final, a reflexão de Jean-Louis é talvez das cenas mais geniais (para mim, até emocionantes) que já vi no cinema.
-
No final, tudo se resume a uma questão de ego.
-
Concorde ou não com as personagens em seus dilemas morais, não há como não senti-los vivos ali no apartamento de Maud, com os diálogos excepcionais de Rohmer.
-
Rohmer aprofunda a inovação dos conceitos sexistas prafrentex que vieram com a Nouvelle Vague com personagens aprofundados, mulheres poderosas e um sujeito inseguro. Provoca reflexões extremamente atuais. Discurso intelectual sem ser cansativo.
-
Rohmer se utiliza de uma dialética de embates para registrar diferenças morais entre personagens, acima de tudo, verdadeiros.
-
É diálogo em cima de diálogo, é um cutucando a bandeira do outro. À todo instante. Se fosse moralista seria insuportável, mas quem estava por trás das câmeras era Rohmer. Belíssimo final, onde cada um conhece si mesmo e seus defeitos.
-
Se você conhece Pascal, jansenismo, cristianismo e adora - mas, adora - diálogos, este é o seu TOP1.
-
Personagens que não defendem bandeiras mas que sempre estão abertos a falar e ouvir de um mundo ao qual não pertencem. Que são humanos acima de qualquer regra ou promessa. Neles, Rohmer encontra questões para falar de filosofia, sexo e religião.
-
Começa um pouquinho empacado, mas conforme se desenvolve vai fluindo cada vez mais naturalmente em deliciosos diálogos (provável inspiração para a trilogia Before, de Linklater). As personagens femininas são incrivelmente apaixonantes.
-
Personagens finitos presos à infinitude de um país chamado cinema,organizado por um cineasta ao qual não se deve o temor,mas a retribuição da gentileza:porque oferece uma visão tão generosa do já-visto que podemos experimentá-lo com a sensação da novidade
-
Um aborrecimento.