Lupas (11)

É um dos melhores filmes já realizados sobre a influência do nazismo em uma sociedade. É um câncer social. Uma doença que perverte tudo que toca. Amplia o ódio irracional, faz crescer a ganância, banaliza a violência, faz o preconceito parecer normal. Um verdadeiro lamaçal para oportunistas se banharem. Ján Kadár e Elmar Klos captaram com precisão toda essa atmosfera de horrores e crueldade, essa tempestade das mazelas da natureza humana. O final deixa uma sensação amarga na consciência.

Um reflexo de um tempo que ainda assombra a memória coletiva, e não deve mesmo ser esquecido para que não se repita. A progressiva aproximação entre Brtko e a dócil senhora é a alma da história e atinge em cheio no coração, tornando os desdobramentos da relação bastante doloridos.

Daqueles filmes q conseguem como poucos unir o erudito e o popular. A leveza e simpatia da simplicidade interiorana revelam-se num sofisticado humanismo, construindo lindos personagens, todos mto bem construídos e compondo uma bela caricatura da pequena vila e de como o Nazismo ocupou a vida dessas pessoas simples e "não ideológicas". Até lembra a representação do sertanejo brasileiro. A passagem p/ tensão final é mto foda. C/ctza um dos melhores filmes sobre o Holocausto e de toda a Nová Vlna.

Os horrores da segunda guerra fazendo com que a simplicidade humana seja triturada pelo medo.

Espetacular. Retrata uma trágica história: de maneira muito peculiar. Denuncia as brutalidades de um regime genocida e também o ponto de vista daqueles que não eram ideologicamente favoráveis ao regime, mas tiravam proveito (do ponto de vista financeiro).

Num clima leve e descontraído, humano mesmo, entre cachaças e irritações sobre cunhados, surge de repente a atrocidade (meio incompreendida, obviamente sem nenhum sentido). Isso deve ter acontecido demais. O acontecimento final é arrasador.

08/10/11 -Dos mais comoventes dramas sobre o Holocausto, ótima direção e atuações, mostra os efeitos do nazismo em uma pequena cidade e suas consequências na convivência entre gentios e judeus; e o envolvimento de um homem comum sem interesses ideológicos

Um filme singelo, divertido e emocionante sobre o holocausto talvez, mas acima de tudo sobre pessoas, pessoas que se relacionam, que são diferentes, que não se entendem mas que podem viver em harmonia na mesma sociedade. Ou seria essa harmonia utópica?

A incomunicabilidade forçada da senhora é o ponto fraco do filme, o ponto forte.. é todo o resto.

Na época, o cinema tcheco só falava da Segunda Guerra. Hoje podemos pensar: será que era disso mesmo? O ocupante, no caso, é quase genérico: uma ausência. Seriam os alemães mesmo? Ou Kádar e Klos já pensavam nos russos? Seja como for, é filme a rever.

Um poderoso filme que se inicia com uma atmosfera leve e cômica e resulta num climax de um autentico horror psicologico. Num arco brilhante e incrível de se acompanhar.