Bem interessante de ver, até pela boa visão oriental sobre o diferente.
Poderia ser mais definido ao terminar. Sobra um pequeno mistério inconcluído, até interessante pra imaginação ao ser deixado no ar, mas num corte mais seco que a lâmina na cerejeira.
A sabedoria do cineasta pode ser medida em pequenos detalhes, como a tensão sexual metaforizada na câmera tremida, reviravoltas, no suspense geral que domina a produção. Um filme de qualidades inconscientes ao espectador que apenas o observa.
Oshima não faz um grande filme, mas consegue tocar fundo na ferida, como de costume. Nenhum personagem está imune aos encantos de Kano, por mais que não transpareça.
Investe a maior parte do tempo no implícito, produzindo algumas imagens de notável plasticidade, mas lhe faltam fôlego e substância para além da curiosidade de um outro olhar sobre o universo samurai.