A direção estilizada de Delmer Daves eleva a crueza do embate psicológico entre Glenn Ford e Van Heflin a um patamar absoluto de tensão. É o homem que pode tudo, outro que pouco pode fazer, a natureza implacável (da terra, humana). São as composições abrangentes do Western.
O filme de Delmer Daves que aliás, é um diretor que eu mesmo nunca havia ouvido falar, é das coisas mais lindamente já bem filmadas da história do western.Suas sombras quase o fazem se confundir com um filme noir, sua trilha sonora é um espetáculo e a tensão vai crescendo conforme 15:10 se aproxima. Uma pena que a solução final seja tão conveniente.
Excelente faroeste. Curto e marcante, todas as cenas são importantes. E que cenas!
Tempos bons onde a mulher exige coragem de seu marido, onde a palavra de um homem é o valor máximo. O tempo todo exaltando a honra - inclusive entre adversários (a cumplicidade e admiração do bandido pela hombridade e amor do herói nos faz aquele belo sorriso).
Termina lindão com o trem de Yuma partindo distante...
Se não tivesse o fim "deus ex-machina" que tem provavelmente seria um dos grandes clássicos do western. Mesmo assim, suas qualidades técnicas superam e fazem desse faroeste psicólogo de Daves um dos mais interessantes do gênero.
O trabalho de direção de Delmer Daves é espetacular, cria uma atmosfera extasiante em todo o decorrer do filme, que se expande em seu terceiro ato. Psicologicamente perfeito. Nem Hawks, nem Ford, fizeram algo tão eficiente.