Lupas (15)

Um ótimo filme de guerra, sobre a perda e desumanização aos poucos dos soldados, sejam os jovens ou veteranos, destaque para os closes nos semblantes e na relação interpessoal e conflito interno dos personagens... A produção peca um pouco, principalmente no esfaquear final de um soldado chucrute, fake até, mas relevamos...

Ao partir para escolhas de fragmentos mal acabados levando a um mosaico, Fuller dá a obra uma sensação de irregularidade, de pulos abruptos........para quem gosta de roteiros certinhos vai estranhar.. Uma mistura de Forrest Gump e Incrível Exército de Brancaleone.

Nas palavras de Samuel Fuller: "Suja, amoral, sem saudades, sem amigos, assim é a guerra".

Praticamente uma coletânea de missões de guerra com os mesmos personagens. A mudança repentina quebra o envolvimento algumas vezes - montagem ruim, esburaca alguns pedaços importantes. Mas as cenas de guerra são espetaculares. Perigosas pra valer.

A energia de Fuller a serviço de uma crônica bélica de altos e baixos narrativos.

"Sobreviver é a unica glória na guerra" Samuel Fuller.

Confesso que o próprio gênero já me incomoda um pouco. Além disto não há novidades , é tudo tratado da mesma forma padrão dos filmes de guerra das décadas de 70 e 80. Não me causou impacto apesar da bela produção.

O campo de batalha dentro do campo de batalha, temos aqui um filmaço quase que autobiográfico do tio Sam.

O projeto de filme de guerra mais sonhado do Fuller, que custou a sair. 2h40 (estendida) de histórias coletadas por quem viveu de fato o mundo da guerra. Cenas fodas. O formato episódico tira um pouco da potência, mas por tudo que representa, tá lindo!

07/05/09

Técnica: 8.5 Arte: 8.5 Ciência: 8.0 Nota: 8.33

Um roteiro bem construído e com boas reflexões coloca os soldados nas situações mais inverossímeis que a guerra pode oferecer, tratando tudo com humor ácido e ironia. "A única glória da guerra é sobreviver."

"Calma soldado, você ainda tem uma bola, por isso Deus te deu duas!". 2 horas e 40 minutos de puro brilhantismo do mestre Fuller, com cenas contextuais inesquecíveis em uma aula de cinema além do gênero Guerra. FILMAÇO!

A história, lenta e muito extensa, é conduzida por um fiapo narrativo, onde as situações ora trágicas, ora carnavalescas vão preenchendo um roteiro básico, sem compromisso com uma obra consistente, coerente e coesa.

Sólida e fechada película alvidada de Samuel Fuller,com aldiadas e belas interpretações e ótimos atos clínicos-verbásios.