- Direção
- Roteiro:
- DeWitt Bodeen (roteiro)
- Gênero:
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- Origem:
- Estreia:
- 31/12/1969
- Duração:
- 73 minutos
Lupas (29)
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Desejo pelo mistério. Prazer pela encenação.
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Grande trabalho de atmosfera e sugestão de Jacques Tourneur. A fotografia com um excelente uso de luz e sombras é excelente. O elenco pode não ter grandes atuações mas Simone Simon atua bem. O roteiro é muito bom por todo o subtexto ser bem feito. A direção de Tourneur é ótima, se destacando duas cenas: a perseguição na rua e a da piscina. O filme demora um pouco pra engrenar de vez. Tem alguns problemas, mas é um ótimo filme.
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Filme afobado, sem tempo para se interessar pelos personagens. É muito previsível em sua concepção de terror, fazendo uso das próprias falas para chegarmos em uma conclusão, quando as imagens poderiam sugerir algo sombrio (a cena em que o casal entra na loja de animais ou a que o gato se irrita perto de Irena, por exemplo). Fica tudo explícito, portanto, durante a projeção. Tirando o jogo de luz e sombras, não sobra quase nada.
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Com seus vislumbres de estética a favor da tensão, essa premissa peculiar tem em mãos o poder de instigar pela ambiguidade. Execução simples, porém de inspirada direção. De narrativa convencional e, na primeira impressão, "quadrada", para um estudo social e de gênero que pode alçar reinterpretações das mais diversas graças ao tempo e seus contextos.
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Mesmo com toda a carga sugestiva que o filme imprime na sua mise-en-scène, essa mitologia nunca parece ter a mesma potência dramática das relações estritamente humanas em cena. A grande exceção disso é a cena de perseguição na qual, com a chegada abrupta de um ônibus, Tourneur faz um uso brilhante da sugestão através do som (e do consequente jumpscare).
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Em cena, Elizabeth Russell lembra muito Julie Newmar em seu papel como a gata original na série de TV Batman e Robin (1966). O papel de Russell é creditado como "A Mulher Gato". Isso nos deixa imaginando se os produtores de Batman foram realmente inspirados por este filme.
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Uma fotografia espetacular que amarra toda essa historia interessante que se abre para varias interpretações. O processo de abrir a própria jaula. Sexualidade, impulsividade, violência, vários sentimentos intrinsicamente humanos que muitas vezes são reprimidos por padrões sociais. O lance entre o logico vs espiritual e seu desfecho é minha parte favorita do longa. O carisma dos atores é irretocável.
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A concepção estética é maravilhosa (o preto é usado com muito bom gosto, bem como o jogo de sombras onde se esconde o perigo) e a personagem passa por um processo psicológico muito interessante, certamente inovador para a época, que acompanha o aprofundamento das trevas na narrativa. Apesar disso, a sucessão rápida e óbvia dos acontecimentos, potencializada pelos diálogos fracos e redundantes, não me deixaram aproveitar ainda mais este exemplar de charme indiscutível.
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O mal que ronda e perturba em uma narrativa objetiva e, nem por isso, menos angustiante. A sensação de que tem algo muito errado acompanha o público e acaba surgindo uma empatia pela protagonista, fera radical fadada ao cabresto. Mas até quando?
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Há pelo menos duas cenas inesquecíveis, uma aula de suspense crescente e iluminação fílmica em prol da tensão, da luminosidade expressionista e claustrofóbica. Pena que a edição seja deprimente.
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Envolvente desde a primeira cena, com um maravilhoso jogo de sombras - na piscina, a luta mortal no quarto - e um clima de suspense fantástico. Bem moderno em alguns detalhes e planos, como o ciúme dela. Fica mais fascinante porque o sinistro é verdade.
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Luzes. Sombras. Extracampo. Recursos tão primitivos e tão bem executados. Me pergunto se Polanski assistiu esse aqui antes de fazer Rosemary's Baby (em especial pelo jogo do "sobrenatural" x "saúde mental").
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Tourneur é gênio! mestre da sugestão ao criar uma atmosfera sem grandes recursos. Uma personagem feminina fortíssima, atormentada pela sua sexualidade e representada pela fera felina. E o mais legal, deixa no ar se ela é louca ou não. Carpenter agradece.
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Bom uso de sombras. É isso.
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As limitações da produção que acabaram por permitir ao filme resistir muito bem ao tempo. Ótimo e eficiente.
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Deve estar entre as direções mais fodas que eu já vi...lição do dia, uma bela insinuação >> do que qlqr coisa.
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Suspense construído muito mais com luz e sombra que com qualquer outra coisa, e com as 'Cat People' servindo como mistificação do mal e dos conflitos interiores que existem em todas as pessoas.
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Repressões, dúvidas, instintos, crenças, luzes, sombras. O ponto de partida do terror psicológico baseia-se na suposição do cinema de Tourneur, onde ameaças obscuras erguem a atmosfera de horror, suspense e medo.
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16/12/09
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Tourneur conduz tão bem tudo (seja na parte técnica, seja na narrativa), que, no final, até resta no ar um gostinho de quero mais. Nada, porém, que escutar várias vezes a famosa música do Bowie não dê jeito.