Moby Dick nem é muito o cinema que mais me agrada mas que belíssima construção atmosférica e que atuação gigantesca de Gregory Peck. Há um certo cansaço lá pela metade que não diminui o poder das imagens, dos efeitos cenários e do ápice da loucura do capitão AHab.
O perigo de uma obsessão levada às raias da loucura em uma envolvente interpretação de Peck, ladeado por bons coadjuvantes. Mesmo com a parca tecnologia da época, a figura de Moby Dick transmite fascínio e ameaça.
O filme acerta na consciência de sua posição, aposta na aventura e dá uma ideia do que pode ser a discussão filosófica do livro, o homem selvagem vs. a razão do homem moderno, etc, e a função de cada personagem. Foda o discurso do O.Welles e G.Peck style!
Surpresa com a qualidade técnica da película, considerando, claro, o ano de sua produção, clássico de respeito, belas cenas do entrave entre baleia e baleeiros... Moby Dick lindamente soberana...
Extremamente fiel ao livro, mantém a narração com voz etérea e chega a transcrever várias passagens -incluindo alguns monólogos. Bons tempos onde moral e temor à Deus tinham espaço no cinema.
Efeitos espetaculares, ambientação fascinante. Aventura do mais alto nível.
Peck, ótimo, faz um perfeito Ahab em loucura crescente, obsessão pura e cega mas firme e corajoso como ninguém.