Resnais utiliza toda complexidade do tema para nos instigar com uma narrativa fragmentada onde tempo e memórias se entrelaçam com possíveis alucinações fazendo uma verdadeira colcha de retalhos para tentar compreender toda aflição sentimental de Claude Ridder.
Talvez seja muito avançado para meu intelecto limitado mas confesso que as premissas de Resnais são absurdamente brilhantes, seus desenvolvimentos que talvez não me empolguem ou eu não os compreenda completamente ou pode ser que neste caso específico a premissa não pareça se desenvolver completamente.
Um filme fragmentado, colagem de imagens que se aventuram a formar uma personalidade. A forma como a memória se cria, é revelada ou o labirinto de emoções que a circulam. A narrativa é um pouco cansativa, mas é Alain Resnais em estado bruto.
A premissa básica de um homem que retorna a alguns minutos de seu passado constrói um roteiro quebra-cabeça que faz pensar em Brilho Eterno de Uma Mente sem Lembranças como um herdeiro mais pop.