O cinema do Resnais de um modo geral, requer um dia inspirado de seu espectador, e confesso não era o meu caso ontem, talvez por uma certa morosidade do texto ou mesmo por seu deliberado ar de estranheza proposital que rodeiam as obras do diretor francês ou pela minha pouca compatibilidade com as personagens. Simplesmente não rolou .
Pertence à fase mnemônica e onírica de Resnais, quando seu cinema era de complexa digestão e não fluía como poderia. O ótimo elenco se distribui em papéis desinteressantes e o texto entedia a maior parte do tempo, sem fisgar o espectador para além dos primeiros minutos.
Uma obra original e provocativa de Resnais. Uma provocação pós moderna, com pitadas de fábula, onde não há verdade universal, não há harmonia superior. Levanta questões especificamente sobre a educação, sobre métodos alternativos como a Pedagogia Waldorf, cutucando questões como o que é o homem, o amor, o prazer, a ordem e o libertário, a utopia, a imaginação, a criança e o adulto. Tudo de maneira leve e sem soar pretensioso. Belo filme e bela escolha de título.
Alain Resnais realiza uma ode à imaginação sem limites, ao espírito da fábula e a beleza dos caminhos trôpegos da vida. É a elegância do musical hollywoodiano e seu encontro com o charme e versatilidade do Cinema francês. O que é felicidade?