- Direção
- Roteiro:
- Rogério Sganzerla
- Gênero:
- Origem:
- Estreia:
- 31/12/1969
- Duração:
- 85 minutos
Lupas (15)
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Qual a possibilidade de conceber Cinema em meio a tanta miséria (social, intelectual, pessoal)? Muito pouca? Sim, mas por isso é preciso lutar ainda mais, filmar cada plano com ainda mais paixão e fúria. É o que fez Rogério Sganzerla em "Copacabana Mon Amour". Um filme de contestações, fragmentos de um país quebrado, fantasma da alma brasileira. Uma peça de um Cinema que foi, que é, que poderia ter sido.
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Não tão "acessível" quanto O Bandido da Luz Vermelha, nem tão surtado quanto Sem Essa Aranha, esse meio termo é o que mais passou um vazio na mensagem, com narrações que mastigam a sátira política e cenas gratuitas que se repetem a exaustão, sem acrescentar nada.
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Sganzerla se radicaliza completamente, indo ao extremo na estética já usada em seus filmes anteriores. Tudo isso partindo de situações banais, de pequenos fragmentos triviais, que criam o seu típico universo. É um lixo cotidiano que está muito mais próximo do insuportável e enfadonho, do que qualquer subtexto minimamente inteligente. Um filme escandaloso, mas que no meio desses gritos só consegue alcançar o puro vazio.
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Sganzerla propõe a quebra da narrativa convencional, mas neste filme já existe um certo convencionalismo dentro daquilo que ele fazia. Sua estrutura se repete, seu filme é o mesmo que ele já havia feito. Gritaria e críticas cuspidas na cara do espectador.
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Essa perseguição ao demônio interior que habita nosso país tem seus momentos e conceitualmente chama atenção, mas falta concisão. Gritos, closes, frases de efeito, verborragia intelectual, esgota um bocado tbm. De sensacional há a Helena Ignez, pouco mais
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Sem a mesma contundência de Sem Essa, Aranha
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A cultura negra trazida a força para nossa terra e a cultura indígena subjugada, afogada na miséria, surge como um fantasma barulhento sobre o Brasil idealizado dos cartões postais. O Norte da carreira de Sganzerla é busca pelo Brasil verdadeiro.
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01/10/08
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Não sei dizer se foi uma experiência válida,não é fácil admitir mas tive a sensação grande de ter perdido tempo.
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Personagens e filme embriagados nessa representação debochada de Sganza de um país rico miserável, de brasileiros possuídos pelos demônios da fome e pobreza, de pessoas e sonhos destruídos, mas surtado demais da conta, prejudicando a clareza do conteúdo.
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Sganzerla faz milhares de referencias a cultura brasileira e a situação do brasil na época, disso, o que eu consegui entender achei genial e em grande parte do filme fiquei sem saber nada sobre o que via. Talvez no futuro eu entenda melhor, é instigante.
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Uma ironia que começa pelo seu próprio título, mostrando os seus ideias antropofagistas em meio àquele período pouco produtivo do Regime Militar - "A polícia é a salvação do povo contra os comunistas!", irônico -, culminando com o apocalipse de um povo.
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Radicalização dos dois primeiros filmes de Sganzerla, que já traz algumas coisas que vão ser levadas ao extremo em 'Sem Essa, Aranha', como a interação com pedestres e populares e uma tirada cada vez maior do foco da narrativa para as ações individuais.
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Sganzerla descobrindo na favela a África encravada no coração de Copacabana. Ah, e... Eu tenho pavor da velhice!
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Momentos geniais que misturam a perfomance dos atores com a população do Rio de Janeiro. Absorvendo os olhares do público a encenação, Sganzerla transpassa as fronteiras entre os gêneros cinematográficos de forma libertária e divertida.