- Direção
- Nicolas Roeg
- Roteiro:
- Daphne Du Maurier (história), Allan Scott (II) (roteiro), Chris Bryant (roteiro)
- Gênero:
- Terror, Drama, Suspense
- Origem:
- Reino Unido, Itália
- Duração:
- 110 minutos
Lupas (20)
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Donald Sutherland usou uma peruca encaracolada durante toda a filmagem.
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Um casal assombrado, fragilizado e, por fim, infantilizado (não no sentido pejorativo); tudo isso pela perda de um membro infantil da família, o que é bem simbólico. Se sacrificar no filme não é morrer. O sacrifício na verdade é viver a vida com a sombra do que talvez seja a pior dor para um pai e uma mãe. O filme é um quadro apenas pincelado - pode ser que aqui esteja sua força -, o que já é melhor que um quadro em branco ou um preenchido com bobeiras.
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Eu esperava muito mais, por ser tão cultuado. Não funcionou tão bem pra mim, mas gostei.
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Deixa uma estranha sensação de desconforto, a presença de algo antigo e sobrenatural. Veneza é filmada como um pesadelo fúnebre, um espectro do inconsciente, uma viagem absurda. Faz pensar até onde vai nossa percepção daquilo que nos cerca. Um acerto impressionante de Nicolas Roeg.
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Obra grandiosa do Roeg. Uma narrativa muito hábil na construção do mistério e em brincar com a percepção do espectador com imagens sugestivas e falsas conclusões induzidas. Roeg capricha na atmosfera e ele fotografando Veneza só poderia ser muito foda. Os coadjuvantes italianos dão um alívio cômico legal. O final conclui bem, surpreendendo sem cair na cafonice. A trilha italiana merece destaque e a famosa cena de sexo é um espetáculo. Só não é sua OP porque Walkabout é insuperável.
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Roeg com seu modo não linear de Filmar deixou um legado do Horror irretocável , uma visão assombrosa sobre matrimonio e os conflitos do luto. imagens lindas e góticas da cidade de Veneza tornam "Don't Look Now" uma grande referência a Cineastas até Hoje.
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Chamado por uns pela alcunha de "filme mais assustador já feito"; realmente assusta como passa quase 2h enrolando para chegar a basicamente lugar nenhum.
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A montagem "bizarra" é uma forma brilhante de organizar a nebulosa atmosfera de sua trama, intrinsecamente perturbadora e fortemente analítica. "Inverno de Sangue" é o famoso pacote completo: direção, fotografia, edição, atuações, roteiro, tudo funciona.
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Daqueles filmes que surpreendem por sua aura mítica e nebulosa, com boa condução e infelizmente com um desfecho que lamentavelmente beira o patético, uma saída fácil que desmonta o roteiro no todo.
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Umas das metáforas mais mequetrefes já vistas. Filme que soa estranho a todo momento - no pior sentido da palavra. A edição não ajuda e ainda tem uma história que não chega a lugar algum, o que poderia ser salvo por uma criação de tensão, que inexiste.
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Pesadelo encarnado.
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O arco dramático se fecha muito bem e tem seus momentos de apreensão, mas gostei mais da soma das partes do que do todo (será que o clichê reflete a sensação estranha que é ver Nicholas Roeg tentando angustiar, impressionar, etc, etc, bem antes da hora?).
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Sangrando através da tela, é pintado um retrato intimo e macabro sobre o luto.
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A dinâmica de Roeg carrega toda uma linguagem de símbolos e julgamentos sobre os caminhos do ser movido por qualquer crença. Emblemático, gera cenas antológicas sabendo usar muito bem os recursos que o cinema tem pra oferecer.
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24/02/12
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Lidar com a morte é lidar com um terror vazio, sem face definida. Você vai direto até a raiz de desespero, nada de histórias mirabolantes ou enchimentos de linguiça. P.S.: Impressionante como Veneza no início dos anos 70 era mesmo sinônimo de treta.
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Cadê o sangue?
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Um conto de horror todo quebrado, numa ruptura do sensato e linear, na beleza mórbida, na morte escondida, na cega que vê, no casal se despindo e vestindo, no vermelho anunciando tragédia, na trucagem de edição, na condução do improvável, do estranho.
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Experiência maravilhosa,Roeg genializou demais aqui.Atmosférico,instigante,grande uso de ambiente e montagem,com extrema precisão na construção do suspense.
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Interessante sempre, uma história negra sobre a perda e o luto, o medo e a desesperança aturdem a cabeça. Legal contar com a sensitiva, tipo de sobrenatural realista (tão presente no mundo real ali atrás) que não aparece nos filmes atuais. Destaque para os infinitos closes, cortes bruscos e movimentos de câmera que parecem indicar algo estranho, uma presença inesperada, uma surpresa...e nada são. Recriação notável de uma cabeça amedrontada.