- Direção
- Wim Wenders
- Roteiro:
- L.M. Kit Carson (adaptação), Sam Shepard (escrito por)
- Gênero:
- Drama
- Origem:
- Estados Unidos, Alemanha Ocidental, França, Reino Unido
- Estreia:
- 31/12/1969
- Duração:
- 147 minutos
- Prêmios:
- 42° Globo de Ouro - 1985, 37° Festival de Cannes - 1984
Lupas (45)
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"Paris, Texas" é muitos filmes em um. É um Western de atmosfera melancólica, um drama familiar ao estilo europeu, um Road Movie americano, uma tragédia existencial. É sobre reconstruir relações quebradas, reencontrar a si mesmo, entender que as vezes a vida precisa seguir seu próprio curso mesmo sem você. É um filme do pesar dos rostos, das forças ocultas do inconsciente, do espaço revelador do deslocamento de ser. É um filme de contemplação. Um filme do melhor de Wim Wenders.
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Em como os acontecimentos traumáticos que vivemos se configuram imageticamente na memória. Parece que todo o filme consiste na encenação de personagens em frente à grandes outdoors de valor simbólico (o irmão do protagonista é literalmente um construtor de outdoors). Isso tudo fica ainda mais evidente quando o clímax sentimental se dá através de quadros, formalmente autônomos, mas conectados por uma história de vida.
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O Homem e sua procura insaciável por redenção ou de algum sentido na vida.
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Um drama familiar realmente muito bom do tipo que não se vê mais hoje em dia. Paris, Texas também é um retrato marcante de toda uma época, através de sua linguagem narrativa minuciosa e fotografia intimista. Porém, exige um pouco de paciência do espectador para ser inteiramente aproveitado, é aquele tipo de longa que toma o seu próprio tempo para se desenvolver, e tem mudanças de tom muito sutis a medida que descobrimos um pouco mais sobre o que se passou com o protagonista.
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Esse é feito pra assistir de joelhos, a cena do reencontro é uma das mais poderosas que já vi, obra prima !
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Da aridez do deserto brota uma doce estória de reconquistas e recolocações. Envolvente, a reconstrução da relação do protagonista com o filho e o irmão é exemplar. A "parte Nastassja Kinski" tem menos força e qualidade.
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Possivelmente o filme que melhor emula o silêncio - não só o do protagonista - aliado à imagética como forma de expressão.
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O homem acabado e perdido, nos dois sentidos das palavras, que se reconstrói, primeiro na relação com seu filho, depois na busca pela mãe dele. Vai além de ser uma história sobre redenção, é sobre relações, sobre contanto, sobre amor. Sutileza pura.
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De um virtuosismo técnico impressionante, Paris, Texas, nos conduz por uma historia verdadeiramente sensível, emocionante e triste ao mesmo tempo, sem forçar a barra com sentimentalismo barato... É lindo por si só.
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imerso em suas imagens, cores e planos através dos interiores dos Eua, Wenders fez sua obra prima. bela e melancólica história sobre reviver as memórias que gostaríamos de esquecer.
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Um retrato poderoso sobre os laços de família.
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Uma melodia
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Antes de 94 - Com atuações impecáveis, um roteiro excelente, trilha-sonora inesquecível e fotografia belíssima. Um filme belo, melancólico e imperdível.
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Uma aula. Apenas.
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Uma beleza de filme, cheio de sentimentos em cada enquadramento. A fotografia linda, a direção leve e segura de Wenders e o roteiro simples mas com uma alma gigante fazem de Paris, Texas, um dos filmes mais bonitos que já tive o prazer de assistir!
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A cena da conversa pelo espelho é tão linda, imageticamente e também pelo seu conteúdo extrínseco e intrínseco, que já compensaria bastante. O bônus é que o restante também é bem realizado e construído como o retrato de uma família em cacos.
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O diálogo entre o espelho é fácil uma das minhas cenas favoritas nesse mundo dos filmes. Puro cinema, tão cúmplice da sua trama; um mosaico concluído, na tela, na sugestão de suas peças, justificado apenas pelo sutil refinamento pictórico do todo.
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Existencialismo e culpa na estrada de Wenders.
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Lento e poético, Paris, Texas traz a história de uma família despedaçada.
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"just an ordinary trip down to a grocery store was full of adventure"