Curioso de ver, tem o tamanho certo, obviamente não é muito empolgante - como o selo Cannes já indica.
Um momento merece destaque: dois africanos não sabiam o que significavam os números tatuados no braço da judia. Nem tudo foi de conhecimento geral naquela época.
Bom atingir uma conclusão mais uma vez: A vida é uma só em todos os tempos, quem faz os costumes e a moral é cada um de nós.
A premissa que remete ao cinema de Vertov e à busca do cinema como expressão da realidade e dos sentimentos humanos comuns é magnífica. Entretanto, seu desenvolvimento é invariavelmente monótono.
Através de uma linha documental que por vezes se funde a uma narrativa, e usando da metalinguagem e das possibilidades do documentário, Morin produz um ainda atual retrato sobre a felicidade, os sentimentos da vida urbana e a verdade diante das câmeras.
Em que circunstâncias o cinema pode ser visto com representação ou meio de transporte da realidade? Isso é avaliado por várias perguntas e discussões polêmicas na época e até hoje, com muitas interpretações e uma auto-análise que sintetiza o filme.