Lupas (9)

Deus abençoe Eric Rohmer...

Gosto muito do cinema de Rohmer e por incrível que pareça este Noites de Lua Cheia não conseguiu me atingir nem em termos de diálogos e quanto menos em conexão e afeição às personagens. Obviamente que nada aqui destoa de suas premissas corriqueiras em sua filmografia portanto é possível que minha desatenção geral se deva à um dia indevido para um Rohmer. Para rever.

Outro Rohmer sobre personagens reféns do autoengano, egoísmo e cegueira. As consecutivas delusões, duplicidades e racionalizações chegam a ser desconfortáveis de acompanhar.

Aquele estado de insatisfação que vez ou outra surge para abalar qualquer relação amorosa. O problema é que vaidade e egoísmo sempre estão a espreita no inconsciente de cada um. Impressiona como Eric Rohmer tinha esse olhar aguçado sobre a natureza humana.

Mostra que certas diferenças existentes em relacionamentos são muitas vezes inultrapassáveis.

03/12/11

Os velhos acasos e indecisões do coração visitados com o traço inconfundível de Rohmer. Seu rigor formal, outra vez, mostra-se adorável.

Com duas mulheres perde-se a cabeça, com duas casas, perde-se a consciência.

Vale pelas danças.