- Direção
- Werner Herzog
- Roteiro:
- Werner Herzog
- Gênero:
- Aventura, Drama
- Origem:
- Alemanha Ocidental, Peru
- Duração:
- 156 minutos
- Prêmios:
- 35° Festival de Cannes - 1982, 40° Globo de Ouro - 1983
Lupas (24)
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A loucura. A obsessão do homem. O imponderável da natureza. O sonho que movimenta o impossível. Fazer do devaneio sua vontade. Ópera dos sonhadores. Epopeia condenada. Filme parido das entranhas do desejo de filmar, movido por paixão e insanidade, imponente e ousado como poucos. É o testemunho de Werner Herzog, os fantasmas de seu inconsciente, a necessidade de desbravar caminhos malditos. Será o sonho a verdadeira grandeza da vida? Filme monumento.
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Um filme que parece ter como tema profundo o artifício - do artesanato à mecânica. O progresso e a barbárie num mesmo e único movimento em ação. Já lemos em Benjamin 'nunca houve um monumento da cultura que não fosse também um documento de sua bárbarie'.
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A metáfora do barco é poderosíssima, a insaciável civilização invadindo a todo custo a todo e qualquer local ainda não explorado, levando toda sua ganância a auto-destruição, assim como a terceiros. Fitzcarraldo é a obra-prima de Herzog.
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25/08/07 Quanto vale um sonho? Ao contrário dos livros de auto-ajuda, na vida os sonhos nem sempre se realizam por mais que os busquemos, mas mesmo assim vale a pena lutar por eles, nem que tenhamos que arrastar um barco pela floresta.
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Parece uma revisita à Aguirre mas sem a mesma contundência de sua mensagem. A direção de Herzog é estilosa e incômoda ao mesmo tempo. As cenas do navio sendo içado montanha acima são impressionantes.
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Dizem que os índios pediram a permissão de Herzog para matar Klaus Kinski durante às filmagens, ele quase deixou.
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O personagem e o filme são igualmente grandiosos.
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Grandioso, engenhoso e brilhante são apenas alguns dos poucos adjetivos que posso descrever esta tamanha obra, pena ser tão maçante.
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Herzog desvirgina a mata, confronta o desconhecido e desbrava os rios selvagens da Amazônia. Herzog assume pra si a figura Homérica, enquanto Kinski é a de Ulisses, cuja obsessão é a força motriz de sua jornada. A legítima odisseia do artista.
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Até onde pode chegar a megalomania de um diretor? Herzog responde nesse magnífico filme conduzido de maneira magistral.
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O homem civilizado contra a selvageria e a imprevisibilidade da natureza, o sonho e a loucura!!
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Dos maiores épicos do cinema. Quem contesta pouco sabe de filmes. Realização e enredo em relação orgânica, a megalomania de Fitzcarraldo é superada pela de Herzog. Fica um quê de dilema entre adorar ou repudiar o feito, a dialética em grande estilo.
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Megalomaníaco e enfadonho, vale a pena devido à incrível e vibrante atuação de Kinski.
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A megalomania confunde-se dentro e fora das telas, um trabalho daqueles de mestre.
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O que pode ser visto como um épico de aventura desenvolve uma interpretação bem diferente e curiosa nas mãos de Herzog. Uma história incomum em um lugar improvável e com tratamento cuidadoso em cima das ambições do Homem, não importa em qual cultura.
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O Cinema, na condição de grande propagador de sonhos, talvez encontre em Fitzcarraldo o seu mais megalomaníaco e fervoroso idealista. No fim, acima de tudo, um filme repleto de gana, onde limites parecem sucumbir perante a face do incontrolável desejo.
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Vale a pena conhecer essa figura. Pena que o filme seja tão longo.
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Um filme único. Os 40 minutos finais, com a famosa sequência da "subida" do barco, é simplesmente espetacular, com Herzog transformando seus sonhos em desafios em realidade assim como queria Fitzcarraldo. Se estivesse no cinema, apaludiria de pé.
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Aqui, além do confronto do homem com a natureza, há o confronto de duas culturas, dois mundos. Herzog questiona o poder civilizatório do homem, mostrando que tudo está condenado a coexistir, como mostra a cena final, da ópera sobre o Amazonas.
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O que realmente impressiona, é saber que as sequências do navio foram feitas sem efeitos-especiais. Em suma, bom.