Mais contido e frio que outras obras do Fassbinder, com uma referência francesa forte. Passa loonge dos meus favoritos, quase todos intensos nos conflitos e extremamente emotivos (os melodramas ala Sirk e os romances, tanto os existenciais, quanto os de época - bom, é o que me lembro, fazia tempo que não via nada do alemão). Consta que os filmes mais experimentais do cineasta costumam me agradar menos...
É a versão indolente que Fassbinder tira da Nouvelle vague. Um refúgio de personagens que navegam na dubiedade, flertam com a morte e são a construção de uma espécie de fatalismo cinematográfico (ou é o diretor meramente dispondo suas referências).
Ao contrário de muitos filmes de homens durões, aqui encontramos o tema da vulnerabilidade masculina que se dissimula atrás de uma aparência de machão. Vulnerabilidade que procura esconder medos, especialmente em matéria de identidade sexual.
Fassbinder começando,ainda verde e atirando referências típicas de um cinéfilo.
Já há lampejos significativos de seus futuros temas e sai algo bem próximo à Novelle Vague.