- Direção
- Luis Buñuel
- Roteiro:
- Luis Buñuel, Jean-Claude Carrière
- Gênero:
- Comédia, Drama, Histórico
- Origem:
- França
- Estreia:
- 31/12/1969
- Duração:
- 100 minutos
Lupas (12)
-
Em "A Via Láctea", Buñuel realizou uma sátira inteligente e espirituosa. Ele enfatizou como as religiões (em destaque a católica) se criam mais nos dogmas, ritos e histerias; não há muito espaço para razão ou questionamentos. É humor e anarquia a serviço de uma boa reflexão.
-
Periga ser o pior filme do mestre, parece que ele perdeu o rumo nas costumeiras críticas à igreja (que ele fazia com muita perspicácia em outros filmes - Anjo Exterminador, Viridiana, Simão do Deserto, etc).
-
Bobo nas cenas de crítica direta à Instituição. Curioso que os dois amigos principais são menosprezados em alguns locais religiosos, e nisso Buñuel também (como em tantas outras cenas) deixa seu deboche escorrer. O problema é que a crítica/deboche pouco acrescenta na coesão do filme, sendo apenas um lugar vazio para o diretor vomitar seu pessimismo.
-
Longe de mim achar que possuo algum atributo para criticar Luis Buñuel que é um diretor que admiro por demais, todavia A via Láctea é um filme um tanto grosseiro, que possui uma vontade absurda em criticar a Igreja católica, suas crenças e crendices populares. É um retrato birrento, magoado e até mesmo para mim, um incrédulo da fé cristã, que acrescentou muito pouco e não me parece nem um pouco engraçado.
-
Ironicamente deliciosa e crítica, a obra é uma visão particular de como todos nós somos peregrinos da vida, topando eventualmente com dogmas ou com instituições religiosas que insistem em estruturar uma égide moral inabalável. Perde a força no terço final, e tem problema de foco, mas os toques surrealistas, sempre sutis e funcionais à trama, deixam tudo muito belo.
-
O filme será apenas uma confusa profusão de heresias, pecados e injustiças contra a Santa Madre Igreja, atitudes que (alguém certamente dirá) serão fatalmente julgadas pelo Deus do Amor. Quer prova maior de que fé, doutrina e Instituição + hierarquias não combinam? As contradições saltam aos olhos. E é exatamente dessas contradições entre fé e toda a hipocrisia e sujeira que ergueram em torno dela que A Via Láctea trata.
-
03/01/09 - Buñuel sempre foi muito crítico ao cristianismo e em "A Via Láctea", ele foi mais contundente do que nunca, usando de surrealismo e metáforas, ele vai mostrando os peregrinos se deparando com as heresias, tratando-as de maneira cômica.
-
Uma obra plástica de Buñuel, criticando a religião Católica com uma coragem e inteligência de tirar os chapéus.
-
O "Luz de Inverno" de Buñuel. Também pode ser visto como um dos testamentos de que o diretor consiste em ser, realmente, o mestre da ironia.
-
A crítica mais agressiva já feita. E chocante se pensarmos que utiliza textos da própria Biblía.
-
Mais um devaneio de Buñuel... Na ânsia de detonar a religião, atira pra tudo que é lado e não acerta em nada!
-
Todo a cama de gato de críticas com os personagens é apoteótica.