
- Direção
- Luis Buñuel
- Roteiro:
- Julio Alejandro, Luis Buñuel
- Gênero:
- Drama
- Origem:
- Espanha, México
- Estreia:
- 31/12/1969
- Duração:
- 91 minutos
- Prêmios:
- 14° Festival de Cannes - 1961
Lupas (22)
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Buñuel tinha gosto pelo absurdo. Ele entendia que o absurdo é uma constante da vida. Seus filmes faziam do absurdo uma forma de enxergar a existência humana sem o verniz das aparências. "Viridiana" é o absurdo da religião e seus ritos vazios, o absurdo da repressão do desejo, o absurdo do próprio desejo, o absurdo da falsa cordialidade, o absurdo das convenções sociais que limitam o pensar e viver da humanidade. O absurdo é uma diabrura essencial. Viva o absurdo!
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2022 Julho - 068
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Na primeira parte, vemos a culpa e o desespero de seu tio fazerem Viridiana abandonar a igreja e morar onde nunca imaginou morar. Depois, sua atitude bondosa a coloca como protetora dos maltratados da sociedade, ideia contrária do dono da casa. Ao final, os fracos na única oportunidade de saborear o poder, se aproveitam de tudo e colocam todos os seus pecados na frente. Além do fantástico peso histórico por trás dessa obra, Buñuel brinca com os valores cristãos. Que filme corajoso.
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Dos meus favoritos do Buñuel. Um retrato sarcástico e visceral da natureza humana.
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Uma coletânea de comentários ácidos sobre os fortes desejos humanos. Buñuel, através de várias metáforas e do rico subtexto, explora o contraste da religião com a natureza humana, o que acaba levando a ruptura de toda a submissão moral até então.
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Transborda cinismo e anarquia. Buñuel nos faz refletir sobre diversos valores que, em 'Viridiana', são esmagados até não sobrar nada deles; afinal, é tudo um grande caos inconsequente. Tem a melhor sátira à "Última Ceia" que eu já vi.
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É impossível não rir com a genialidade da cena final.
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Buñuel mais uma vez desconstruindo a natureza humana, agora com foco na religião e nos moralismos que cercam a sociedade. A jornada de Viridiana pela (des)purificação é rica em existencialismo e filosofia e muito bem tocada pelo diretor e roteirista.
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A cena da última ceia com os mendigos é absurdamente impactante. Buñuel contrasta o sacro e o profano, o melhor e o pior no ser humano nessa sua obra instigante.
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Tão ingênua igreja que acredita na natureza humana, num animal praticamente inconsciente, tão ingênua que reprime seus fiéis ao ponto do enclausuramento e repressão singela de suas condutas samaritanas. Dentro do convento esta realidade surreal não se vê.
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De uma ironia e de uma iconoclastia admiráveis... Grande filme do Bunuel com pelo menos 3 ou 4 cenas memoráveis.
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Sexualidade freudiana bombando, discutindo o papel dos gêneros e com uma baita história cheia de simbolismos metafóricos. Os mendigos de Buñuel roubam a cena, baita elenco. Bela fotografia P&B e cenas geniais como a da teta da vaca e a virada para a festa
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Elementos cênicos impressionantes. Músicas e imagens surpreendentes que constróem uma das mais poderosas críticas à Igreja e à censura franquista na Espanha.
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03/05/07
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Buñuel destila toda a sua iconoclastia e expõe a miséria humana que a religião, por si só, não resolve.
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A música no 12° minuto é maravilhosa; Bach - Mass in B minor
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Arte: 9.0 Técnica: 9.5 Ciência: 9.0 Total: 9.16
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Uma Obra cheia de simbolismos, com muita critica, principalmente a natureza humana e a religião e com belas imagens, principalmente a da santa ceia.
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Buñuel crítica,sem perdão,a caridade do catolicismo,um dos maiores dogmas,num roteiro excepcional construindo a manipulação que inverte todo o senso comum. Um dos deleites é ver as tiradas e simbolismos que recheiam a trama,a cena da Santa Ceia destaca.
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Junto com Os esquecidos, também de Buñuel, é um dos melhores tratados sobre o bem e o mal dentro do ser humano do cinema. Uma das melhores direções do grande diretor espanhol.