- Direção
- Walter Salles, Daniela Thomas
- Roteiro:
- Marcos Bernstein, Millor Fernandes, Walter Salles, Daniela Thomas
- Gênero:
- Romance, Drama, Ação
- Origem:
- Brasil, Portugal
- Duração:
- 110 minutos
Lupas (13)
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Sobre as fronteiras do despertencimento, estar deslocado do mundo e buscar por um lugar para chamar de seu. Brasileiros, portugueses e angolanos, num burocrático desencontro da mesma língua, são jogados em uma Lisboa que é um verdadeiro labirinto de ruas enxutas e conflitos intrigantes. Trama intensa, fotografia e decupagem barroca-lírica e toda uma poesia sobre duas pessoas que fazem da desorientação o seu caminho.
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Suspense competente e bem conduzido. Fernanda Torres e Luís Melo são os maiores nomes em tela. Além de servir como um bom espelho e caracterização dos anos 1990, com uma fotografia P&B e planos que transformam São Paulo e Lisboa em prisões a céu aberto.
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Importante representação da desolação provocada pelo governo Collor (sempre bom lembrar que a tragédia econômica dos governos Collor e Sarney é, em grande parte, herança da ditadura militar).
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A falta de pertencimento dos personagens aliado à uma belíssima fotografia transformam um filme b em cinema de boa qualidade. Walter Salles tem o timing correto de direção e escolhe bem demais a canção final, que aliás o Rappa assassinou anos mais tarde.
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O esplendor do preto e branco a serviço de uma história de busca e recomeço. Todo dia é preciso se (re)encontrar.
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Tem limitações óbvias de baixo orçamento, mas com resultado satisfatório ao abordar a crise econômica do Plano Collor e emigração para Portugal, lugar que proporcionou belas imagens à obra. Foi o melhor filme da chamada "retomada" do cinema brasileiro.
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Poético, lindo! Fotografia linda, trilha que combinou com as cenas e valores que são revelados no filme. Liga-se ao momento histórico/político do Brasil no governo Collor, proposta de reflexão. Muito bom. Fernanda Torres em ótima atuação. Adorei.
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16/05/04
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O comentário mais certeiro que o Demetrius fez foi sobre esse filme.
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Uma tensão melancólica percorre toda a narrativa, mostrando um pouco do horror desesperançoso do Brasil de Collor e cia.
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Através de uma fotografia exímia, Salles produz uma obra que vira, de uma crítica social-política pessimista, de vidas corroídas, um road-movie/policial protagonizado por indivíduos em busca de um destino, uma identidade, uma terra para chamarem de suas.
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Terra Estrangeira é um filme brasileiro excepcional. A direção pessoal de Walter Salles e Daniela Thomas em retratar uma história tão suspeita como essa, abre portas para novos cineastas que o Brasil pode oferecer ao cinema.
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O melhor do filme é a música que a Gal canta no fim.