- Direção
- Luiz Fernando Carvalho
- Roteiro:
- Luiz Fernando Carvalho
- Gênero:
- Drama
- Origem:
- Brasil
- Duração:
- 163 minutos
Lupas (20)
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Lavoura Arcaica é acima de tudo um exercício de forma, muito além de seu conteúdo. De certo que se trata de um dos filmes mais poderosos imageticamente do cinema nacional , além de trazer algumas simbologias de grande valor, especialmente no que concerne a dualidade sentimental que a família carrega já escancarada nos planos iniciais com os rostos dos personagens entre luzes e sombras. Talvez a rigidez e formalismo do texto declamado gerem um certo tom de artificialidade e distanciamento . Desta
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Logo de saída, revela-se como um exemplar característico de um estilo em que a forma prevalece sobre o conteúdo e o texto declamado acaba cansando. O fio condutor duvidoso da trama é outro problema, e o destaque mesmo são as interpretações de Mello e Cortez, gigantes em cada fala, entonação, gesto e olhar.
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Conviver com o tempo. Sucumbir a desordem da vida. Uma dissolução do mundo. Palavras e imagens formam a complexidade humana, caminho de martírio, opressão do afeto, da força - vazio que consome, horror de si mesmo. Cinema e literatura em grande comunhão.
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Pode causar certa estranheza nos primeiros minutos, e algumas digressões balançam entre maçantes e excepcionais, mas ao fim o sentido das palavras e ações vão ganhando sua dimensão. A conversa à mesa de pai e filho é primorosa e reveladora.
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O texto fica muito preso à obra original, o que deixou o filme maçante, burocrático e com diálogos excessivamente formais. Vale pela fotografia naturalista de Walter Carvalho e pelas atuações intensas de Selton Mello e Raul Cortez.
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23/09/05-Filmado com refinamento e preciosismo, a fotografia é belíssima, assim como sua trilha-sonora inspirada em temas árabes.O embate entre pai e filho é o ponto alto do filme, não só pelo teor dos diálogos como também pelas soberbas atuações.
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Poético na mesma proporção de sua extensão. As quase 3h de filme não caíram bem aqui. Gostando ou não, reconheço que é uma das melhores produções brasileiras.
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Filme de intenso drama, bem filmado e produzido talvez para aqules que desconheçam o livro. Mas são duas horas de tensao pura.
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As palavras foram plantadas. Resta saber como colhê-las.
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A obra de Luiz Fernando é minuciosa, rebuscada, os contrastes e imagens turvas tem traços barrocos. O filme é provocante e exuberante, ultrapassa o tempo, o espaço e a cultura, é um retrato sobre o drama existencial envolvendo o trágico e o lírico.
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Filmar a incrível conversa entre Raul Cortez e Selton Mello já seria uma síntese completa.
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Brilhante.
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Carvalho filma o livro literalmente ao pé da letra e com sua câmera desfocada tentou fazer um filme de arte, mas ficou extremamente cansativo e teatral. Pouco cinema.
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Um grande desafio lírico nocauteante. Os sentimentos nunca estiveram tão á flor da pele.
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Filme de intenso drama, bem filmado e produzido talvez para aqules que desconheçam o livro. Mas são duas horas de tensao pura.
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De um visual belíssimo, Lavoura Arcaica poderia ser um obra-prima do cinema se fosse mais cinematográfico. Acabou que a linguagem da literatura foi apenas transposta para a tela sem nenhum tipo de adaptação, livro filmado
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Luiz Fernando Carvalho realiza um grande trabalho diante da obra literário de Nassar. Peca pelo excesso, ainda que seja delicioso.
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Uma poesia.
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Filme mais pseudo-cult que já vi, suas tentativas de soar poético simplesmente entediam, esteticamente bonito, mas não possui nada que justifique sua existência.
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Livro filmado. Não se sabe se por falta de confiança no taco ou por se ver irremediavelmente apaixonado pelo belíssimo texto de Raduan Nassar - como viria a acontecer com Machado em Capitu -, Carvalho abdica do cinema em favor de qualquer coisa parecida.