
- Direção
- Luis Buñuel
- Roteiro:
- Luis Buñuel, Jean-Claude Carrière
- Gênero:
- Comédia, Drama, Fantasia
- Origem:
- Espanha, França, Itália
- Estreia:
- 31/12/1969
- Duração:
- 102 minutos
- Prêmios:
- 45° Oscar - 1973, 30° Globo de Ouro - 1973
Lupas (33)
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É quando o sarcasmo e a inteligência se tornam ferramentas de força imprescindível. É o abalo a todas as estruturas indolentes que nos cercam. É a grandeza da arte como instrumento de contestação das 'verdades absolutas'. É a sátira do absurdo. A ilusão do ritual. O temor que as máscaras possam cair. O sonho dentro do sonho. O impagável charme de um galhofeiro. Buñuel deveria ser matéria obrigatória nas escolas do mundo.
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A partir do filme é possível ver que os hábitos burgueses são atemporais.
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Perdição sobre o ovo ou a galinha: Buñuel se utiliza do surrealismo para tatuar a realidade ou se utiliza da realidade para tatuar o surrealismo? 102 minutos da mais vítrea ironia.
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Além da crítica a alta classe, a essa etiqueta engessada que desumaniza boa parte da experiência dessas pessoas, é um mergulho ao subconsciente das maneiras mais interessantes que já assisti. A realidade e sonho se misturam e não só enriquecem a história dos personagens, como valorizam a narrativa e deixam-a divertida e imprevisível.
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Debocha elegantemente da futilidade que permeia as classes abastadas e todo o imaginário que a envolve.
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Luis Buñuel com essa refilmagem de "O Anjo Exterminador" faz aqui um excelente trabalho referindo-se a varias criticas da sociedade urbana e burguesa, criando um mundo de delírios, paranoias sem fim! de fazer qualquer expectador ter o cérebro obliterado.
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22/03/97- No mais puro estilo de Buñuel, é uma divertida e inteligente crítica à burguesia francesa, à política e é claro, à igreja. Em 3 sequências, Buñuel mostra os seis burgueses caminhando lado a lado, numa alusão de que a burguesia sempre caminhará.
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Há uma sutileza para tratar sobre o tema - algo até incomum para o tipo de crítica que visa. A partir de pequenos "esquetes" sobre a burguesia (e também a sociedade), Buñuel trabalha suas hipocrisias, imoralidades, medos e descompassos. Roteiro de gênio.
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Buñuel constrói um universo satírico,mostrando diferentes realidades,com maestria e a sabedoria de um grande gênio da eterna Sétima Arte.
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Buñuel trata com humor sua crítica a burguesia propositalmente vazia, mas seu desenrolar não chegar a ter a mínima graça e suas metáforas acabam que soando desinteressantes, infelizmente.
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Espetáculo
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Buñuel e mais uma de suas criticas surrealistas , crítica estas para a classe privilegiada com muito humor , o riso não é fácil e sim perene.
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Difícil encontrar uma nota pra esse filme. Talvez esteja além da minha compreensão , mas destaco apenas a simbolização da igreja a serviço da burguesia embelezando os seus jardins e o teatro sem falas , o vazio da burguesia.
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Demora demais para engrenar, inferior ao original Anjo exterminador.
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A hipocrisia, prepotência, neuroses e o ridículo da classe burguesa expostos com discrição e extrema acidez por Buñuel, que analisa as atitudes, o modo de pensar, as posições, tudo envolto pelo seu delicioso surrealismo e domínio de sua sátira genial.
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Sintetiza o vazio de uma classe econômica por meio de uma atraente e enigmática coleção de absurdos.
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Mordaz, patético, bizarro, requintado, ofensivo, desconexo. Pra definir essa obra de Buñuel vão sobrar análises contraditórias. Nisso que se firma um divertido irônico retrato da alta sociedade e todas as suas estranhas e infelizes deficiências.
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Arte: 10 Técnica: 10 Ciência: 9.0 Total: 9.66
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Um dos melhores manuais até hoje sobre a subjetividade cinematográfica.
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Ainda vou ver um exemplar do Buñuel sem ressalvas, porque sempre acho que as caricaturas idiotizam o argumentam, mesmo porque a atuação é tão robótica e quadrada, que torna tudo isso uma fábula para crianças. Aí tem de tudo: composições de gênero, códigos de etiqueta, o padre, os militares, em jantares que nunca se completam, numa burguesia entorpecida pelos seus códigos autorreferentes.