Legal a abordagem 1/2 modernista 1/2 N.Rodrigues c/que JPA poetiza Garrincha, da ginga, do homem simples de Pau-Grande, de joelhos defeituosos, e o próprio futebol brasileiro. Há algo do cinema verdade de Vertov, o que torna um pouco + chato de assistir.
O que a história conta é o silêncio do maracanã em 50, o que não conta é o som das porradas que os brasileiros deram nos uruguaios, incluindo jogadores, polícia e pasmem até os árbitros.
Botafoguenses e amantes do futebol... ídolo eterno... Deslumbrante país seria este, maior que a Rússia, maior que os Estados Unidos, se fôssemos 75 milhões de Garrinchas, escreveu Nelson Rodrigues.
O filme é sobre Garrincha, o mito, o homem. Visto hoje é impossível não lembrar de seu trágico fim, morreu esquecido e na miséria. Mas é também o filme da alienação, do pão e circo, visto hoje, bem, Garrincha morreu esquecido, não deve haver pecado maior!
Tem belas imagens do futebol "das antigas" e da torcida, etc. As narrações são seguidas de grandes hiatos. É interessante a caracterização de Garrincha não como herói ou super-homem, mas como um sujeito comum com um dom especial. É bom mas falta algo.
Feito sem muita "produção", este documentário singelo sobre a vida de um dos maiores jogadores da história mundial peca um pouco no conteúdo "raso", mas apresenta depoimentos comoventes e bastante curiosos sobre o atleta.