Lupas (9)

Amo esses filmes latinos, apesar da lentidão exagerada, e da intensa e constante expectativa de que algo abrupto vá acontecer, que nem sempre se concretiza, como aqui... O estilo de "gente como a gente", cativa, o título que não tem o significado em si, mas apenas a expressão utilizada em mera duas cenas, o clima de estranhamento, sugerido no ar, que geram um certo constrangimento em quem assiste, na verdade, ponto alto do filme, simbolizada em diversas passagens principalmente quando trio atua.

Monótono e maçante. A narrativa intimista num ritmo lento não funciona, falta carisma às personagens é objetividade ao roteiro.

Ok, é comovente a história de fachada, o vazio existencial, o marasmo. E tudo passa tão sem brilho, que influencia o projeto inteiro, até mesmo ao espectador. No final, soa completamente desnecessário.

O gde mérito do filme é conseguir arrancar graça e carisma de vidas tão amargas e situações comicamente desconfortáveis. É comovente a dureza e a inabilidade de interações humanas enferrujada p/anos de rotina de trabalho e solidão, além de cuidar da mãe. Marta tb é outra personagem profundamente humana que vai desabrochando ao desenrolar do filme. Um filme de rara sensibilidade e sutileza q busca o humanismo escondido em figuras tão presentes no nosso dia a dia q quase sempre passam desapercebid

O bilhete, ah... o bilhete...

06/06/06

Querer passar simplicidade, é uma coisa, agora não conseguir é bem outra. O personagem principal, é de um baixo astral descomunal.

Com sensibilidade e boas atuações, a obra expõe, através da "lentidão da rotina", a falta de perspectiva das pessoas que "vivem por viver" (a troca de presente dos judeus é ótima). Mas, infelizmente, a ausência de um final decente atrapalha o conjunto...

A trama segue um fluxo lento e cativante e, mesmo que a plateia não se veja como capaz de agir tal qual os protagonistas, é possível compreender o porquê de eles adotarem suas respectivas condutas.