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8,1
Média
314 votos
?
Sua nota
Direção
Luis Buñuel
Roteiro:
Luis Buñuel (adaptação e diálogos), Jean-Claude Carrière (adaptação e diálogos), Joseph Kessel (romance)
Gênero:
Drama
Origem:
França, Itália
Estreia:
31/12/1969
Duração:
101 minutos

Lupas (28)

  • Através de inserção de breves lembranças do passado e de fantasias, Buñuel molda uma realidade onde a tentação feminina reprimida deságua em uma curiosidade pela prostituição, levando a experiências de desejos bizarros dos mais variados, onde o sexo propriamente dito é mais um detalhe, mostrando a fundo como o ser humano pode chegar na sua libído íntima, podendo causar obsessões que levam a tragédias.

    Bruno Ricardo de Souza Dias | Em 22 de Novembro de 2023 | NOTA: 8.0
  • É um filme absurdamente delicioso e estimulante (como são todos os filmes finais de Buñuel). Um filme que ganha na ousadia, no sarcasmo envolvente, na mise en scène em perfeita simetria com o enredo. Um filme que faz do sonho e do delírio as únicas insinuações possíveis da realidade, que dissipa (e embaralha) as dimensões do real e do onírico. Um filme que provoca e seduz - sempre de maneiras diferentes - a cada nova revisão.

    Zacha Andreas Lima | Em 20 de Outubro de 2023 | NOTA: 9.0
  • O inconsciente revela, sem qualquer tipo de censura, o desejo. A personagem, no começo, reprime-se a todo instante, mas os sonhos escancaram sua vontade. Encontra-se quando se entrega ao que quer. O filme faz uso de uma metáfora psicanalítica: nos sonhos, o id; no início, o superego castrador; com o desenrolar da trama, o ego tentando se equilibrar. Uma bela obra sobre as contradições individuais, morais e culturais do desejo.

    Carlos Henrique Bianchi Florindo | Em 21 de Agosto de 2023 | NOTA: 8.5
  • O diretor dá uma escorregada ao sair do surrealismo (pelo menos em parte significativa) nesse filme de execução rasa. A atriz principal está apagada, como se isso fosse novidade.

    Lucas Santos | Em 28 de Maio de 2020 | NOTA: 5.0
  • Com um trabalho de câmera bastante fluido, Buñuel penetra de forma sagaz e envolvente no lado mais lascivo de uma classe movida por aparências e diretrizes morais. Uma pena o bom roteiro se desviar pra um mal caminho; me referindo ao personagem do 3° ato.

    César Barzine | Em 28 de Novembro de 2018 | NOTA: 9.0
  • Buñuel sempre tem algo profundo, sofisticado e certeiro a dizer sobre a burguesia. Aqui, rompe não só com aquilo que se via como limite para a sexualidade feminina, mas também com o vínculo imaginário entre amor e sexo. Deneuve está excelente.

    Gabriel Frati | Em 09 de Abril de 2018 | NOTA: 8.0
  • A cisão de personas, a vida em dois núcleos colidentes, a latência do que é proibido, a culpa e a expiação, tudo filmado em moldes de tragédia anunciada por Buñuel.

    Felipe Lima | Em 19 de Dezembro de 2017 | NOTA: 8.0
  • Deneuve fez uma das maiores e se não, A mais misteriosa personagem feminina da década de 60.Luis Bunuel o mestre do Surrealismo fez aqui o último filme pode se dizer "porno" e polêmico de sua filmografia, Nesse filme onde a perversão sexual chega ao Ápice.

    Taumaturgo Moura | Em 14 de Agosto de 2017 | NOTA: 10.0
  • Qual é o preço dos seus sonhos? E as suas perversões?

    Lucas da Costa Simão | Em 27 de Julho de 2016 | NOTA: 9.0
  • É nos detalhes da produção que se esconde o estilo de Buñuel, em mais uma de suas obras-primas de direção marcante, porém ambos (estilo e direção) comportados em prol da história - e que história!

    Douglas R. de Oliveira | Em 10 de Janeiro de 2016 | NOTA: 9.0
  • Um personagem complexo do ponto de vista psicológico, embora não seja uma grande personagem, explora bem questões nesse sentido. E a mescla com o universo onírico que Buñuel faz muito bem. Pode dividir opiniões em relação ao apoio à emancipação feminina.

    Josiel Oliveira | Em 09 de Agosto de 2015 | NOTA: 8.0
  • Um passeio intenso pelos desejos sexuais reprimidos do ser humano, numa narrativa eficiente que fica o tempo todo oscilando entre o real e o surreal. Belle de Jour é um filme repleto de camadas e detalhes, uma experiência e tanto.

    Daniel Maximo | Em 15 de Junho de 2015 | NOTA: 8.5
  • Buñuel e Carrière fogem das explicações e preferem esculpir o tempo e o sonho na figura enigmática de uma mulher que tem na insatisfação o seu leme errante.

    Patrick Corrêa | Em 26 de Janeiro de 2015 | NOTA: 8.0
  • Símbolo da emancipação feminina nos anos 60. Representa com propriedade as condições vividas pelas mulheres ao longo dos tempos, abordando questões-chave como a repressão dos desejos e a objetização do gênero.

    Vinícius de Castro | Em 06 de Janeiro de 2015 | NOTA: 7.0
  • Buñuel sabe como expor Deneuve e ela sabe o que tem que passar. Uma bela condução que brinca com a imaginação do espectador e intriga com suas dúbias expectativas.

    Guilherme Algon | Em 03 de Janeiro de 2015 | NOTA: 8.0
  • Bom Buñuel.

    Luiz Phillipe Lameirão Côrtes | Em 03 de Setembro de 2014 | NOTA: 7.5
  • Todo ser humano tem seu "lado B", tem um anseio "naturalmente" oprimido pela sociedade. Uns tem coragem e o fazem, mesmo que escondido, não importa. Outros não. Mais do que isto, o filme de Buñuel é um profundo estudo sobre o comportamento humano.

    Matheus Câmara | Em 07 de Julho de 2014 | NOTA: 8.5
  • Bom filme .

    Marcelo Moraes de Albuquerque | Em 04 de Maio de 2014 | NOTA: 8.0
  • Só não é pior que livro, mas se aproxima bastante.

    Aurore | Em 04 de Maio de 2014 | NOTA: 2.0
  • O mais lúcido de Buñuel, deixando o surrealismo para os sonhos fetichistas repentinos da safada - que surgem sem aviso, tentando confundir o espectador. A mulher insatisfeita, faz o que acha melhor e sofre a consequência de seus atos. Roteiro adulto, não é compreensível para molecada, os detalhes de casamento e o peso da culpa exigem idade para ganhar raiz na mente de quem vê.

    Adriano Augusto dos Santos | Em 07 de Março de 2014 | NOTA: 8.5