- Direção
- Ingmar Bergman
- Roteiro:
- Ingmar Bergman
- Gênero:
- Drama
- Origem:
- Suécia
- Estreia:
- 31/12/1969
- Duração:
- 89 minutos
- Prêmios:
- 34° Oscar - 1962, 35° Oscar - 1963
Lupas (22)
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Não há nada lá, mas talvez possa surgir um Deus de olhos impenetráveis. Não que faça diferença, somos condenados a contemplar o vazio, a solidão da própria alma, o desespero de viver em um mundo desolado. “A realidade se revelou e eu desmoronei. É como um sonho. Qualquer coisa pode acontecer. Qualquer coisa“. Mais um filme absoluto de Bergman a tratar de estados da emoção e da consciência humana.
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O belíssimo final, os diálogos, a direção... Obra-prima simplesmente obra-prima.
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OP
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Mais um ótimo filme do Bergman. O destaque é o elenco, com ótimas atuações, principalmente Harriet Andersson. Direção muito boa como sempre, roteiro com ótimos diálogos. Mas é um dos filmes do diretor em que a lentidão mais me incomodou. Achei monótono até demais em alguns momentos. Mas é mais um ótimo filme com uma belíssima cena final.
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Em uma ilha deserta, uma mulher vive entre dois mundos, o real e o fantasioso. Um pai que apesar de prover tudo o que pode para seus filhos, não consegue se relacionar com eles. E um homem impotente para poder salvar sua esposa de uma doença que a retira da realidade. Questionando Deus e esse pai escritor, que escreve para arranjar desculpas afim de preencher o vazio de sua alma, Bergman cria alguns belos momentos aliado a sempre espetacular fotografia de Sven Nykvist.
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Bergman usa a doença para explorar sua concepção do homem (a fotografia de Sven Nykvist o ajuda). Até encerrar com o som estridente de um helicóptero, como se atingisse o limite da audibilidade, transmitindo-nos a sensação de desconforto da protagonista.
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A loucura como um ponto final inevitável.
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É a fraqueza das relações entre as pessoas, que tentam criar uma tortuosa ilusão para si mesmas, daí que Karin percebe toda a farsa e implora por viver sua própria loucura sem recaídas tortuosas para a realidade. Direção inspirada e um bom tom dúbio.
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05/09/07
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De início um Bergman mais desinteressante, mas a medida que o roteiro se aproxima de seu desfecho, o diretor mostra toda força que conquistou a grande maioria dos cinéfilos. Uma narrativa persuasiva que joga toda ideia, sem exitar, nos momentos finais.
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O feijão com arroz bergmaniano: direção impecável, fotografia maravilhosa (Sven Nykvist), conflitos familiares, atuações perfeitas, densidade psicológica e trilha sonora erudita. Feijão com arroz melhor que as especialidades da maioria dos diretores.
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Ver-se na dor e no suplício pelo outro, quando já não temos a quem recorrer se não à própria humanidade, inclusive clamando por sanidade.
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Um filme menor de INGMAR BERGMAN. Tentou uma análise de um tema controverso como a LOUCURA, para mim ficou na superficie, não atingiu os objetivos tentados.
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É um filme denso, angustiante e profundo, com planos e diálogos memoráveis (entre pai e genro no barco, de uma sinceridade atroz, e entre pai e filho no final, destruidor), onde um vazio existencial perpassa todos. Pena que até a metade é tão arrastado.
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A complexidade com que os personagens são apresentados e toda a polêmica envolta na película faz deste filme uma obra rara. Ingmar Bergman é especialista em captar cenas com ótimas intensidades.
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Mais um filme amargo de Bergman, em que todas as relações familiares são cheias de ressentimento, e Deus é um delírio terrível.
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Mais um show de loucuras, de complexidades e de imagens do gênio maior do cinema.
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Desiludido, Bergman coloca arte e ciência incapacitadas perante a fé inexplicável que comove e enlouquece. Não adianta buscar por soluções ou culpados, a vida passa e o vazio consumirá aqueles que se contentarem em ver apenas o próprio reflexo no espelho.
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Um dos filmes mais aterradores e existencialistas de Ingmar Bergman, em que a carga emocional supera a sua narrativa convencional.
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Quase desmoronei no final.