- Direção
- Luchino Visconti
- Roteiro:
- Luchino Visconti (roteiro), Antonio Pietrangeli (roteiro), Giovanni Verga (romance)
- Gênero:
- Drama
- Origem:
- Itália
- Estreia:
- 31/12/1969
- Duração:
- 152 minutos
Lupas (11)
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Há uma tristeza profunda na imagem. Uma verdade desconcertante. A visão de séculos de opressão pesando sobre homens e mulheres. Uma labuta vazia, sem futuro. O aparato social que escraviza, humilha, faz da indiferença a força motor das relações humanas. A família é o único refúgio, o consolo das tragédias do destino. Um personagem diz: "O mar é amargo". A vida é amarga na selva dos homens, o medo e a desunião prevalecem, a carga que recai sobre os vencidos é de um peso aterrador. Um monumento!
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Possui uma narração inadequada e onipresente, que basicamente resume o filme por completo. Seu discurso é bastante expositivo e panfletário, sem a menor sutileza ou um desenvolvimento mais apurado. A luta de classes que passam os personagens é exclamada no mais alto tenor, e o filme não vai além disso. Acaba virando apenas um manifesto marxista carente do mínimo de vigor ou expressividade.
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Quando o financiamento do filme não deu certo, Visconti foi forçado a vender algumas joias de sua mãe e um dos apartamentos da família em Roma para terminar o filme.
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A natureza pune, os corpos tremem e os potenciais fascistas gargarejam!
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Nunca concordarei com o discurso de estagnação social de Visconti ainda mais vindo de um pensador marxista. Como filme, é um relato quase documental da miséria do pós-guerra típico do neorrealismo: Tem sua amargura e crítica e demonstra tb nenhuma solução
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Reconstituição realista e sem nenhuma dramatização a mais sobre uma vila de pescadores, os problemas e situações são os existem ali. Bom que mostra felicidade. Trabalho muito bom com o povo da ilha. Passa sobre o amadorismo e cria sequências convincentes
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01/01/11 -Usando atores amadores, locações reais e iluminação natural, características do Neorealismo, Visconti criou um clima tão realista ao filme, que por vezes parece um documentário.
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No sistema em que vivemos, se você tenta se desvencilhar de exploradores irá ser boicotado pelos imperadores do dinheiro, para muitos simplesmente não dá pra ser feliz. Visconti realizou essa obra em 1948, mas infelizmente continua atual.
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O filme contém, mais do que os demais filmes em análise, uma mensagem ideológica: não há saída para aqueles que almejam por si só enfrentar a ordem capitalista e os constrangimentos do mercado.
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Com a familiar poesia subliminar de Visconti, um filme que abrange diversos temas e os desenvolve e os conclui de forma magistral, extraindo seu poder principalmente dai (E da força de sua tribuna, devido a grande denúncia que é).
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Com roteiro bem simples, o filme retrata adequadamente a "exploração da miséria" e as mazelas que se originam dela, mas fica nisso, sem apresentar soluções ou alguma novidade, talvez para o espectador entender a Revolução Francesa, ou qualquer outra.