- Direção
- Andrei Tarkovsky
- Roteiro:
- Vladimir Bogomolov, Mikhail Papava, Andrei Tarkovsky, Andrey Konchalovskiy
- Gênero:
- Drama, Guerra
- Origem:
- União Soviética
- Estreia:
- 31/12/1969
- Duração:
- 95 minutos
Lupas (18)
-
Em seu primeiro longa metragem, Andrei Tarkovsky trabalhou com a estética do sonho, do pesadelo em imagens, da memória e suas ilusões; de como a sombra da guerra é um peso dilacerante sobre os ombros de qualquer criatura (em especial as crianças). A primeira obra-prima do grande realizador russo é a consideração das singularidades do Cinema.
-
Tarkovsky em um trabalho de artesão belíssimo. Os sonhos e pesadelos de uma criança dilacerada pela guerra. Tudo erigido na imagem, nas sombras e na luz.
-
A história não é lá grande coisa. Mas o filme se conecta com o público através da primorosa execução de Tarkovisky e a bela fotografia, entregando planos lindíssimos e um trabalho de câmera bem expressivo. Destaque para a forte atuação do moleque.
-
Uma obra visualmente deslumbrante que já estabelece o que seria o vindouro cinema litúrgico de Tarkovski. Um dos melhores filmes de guerra de todos os tempos.
-
25/09/10 - Um filme sensível e comovente que mostra a guerra pelos olhos de uma criança. O visual do filme é fantástico e impactante, com grande teor poético. Um dos filmes mais acessíveis de Tarkovsky.
-
Tarkovsky não é grades separando amantes, é cavalos comendo maçãs na praia. A mise-en-scène que extrapola o ato de expressão para entrar no campo da sensação e da lógica poética. "A Infância de Ivan" é como um exame para seus elementos estilísticos.
-
Embate entre ação e comoção, macro e microcosmos muito refinado, seja pelo discurso adotado ou pela filosofia audiovisual, filtrados agora pelo embate das relações humanas à mercê da guerra, corajosamente emoldurados por Tarkovsky. Grande.
-
Se não possui a costumeira profundidade filosófica e reflexiva de Tarkovsky, sua estética é absolutamente primorosa. Planos pensados meticulosamente em cada frame transformam um filme convencional em uma realização artística. Ah, o beijo suspenso é lindo.
-
As subtramas que em nada acrescentam e não chegam a lugar nenhum enfraquecem um pouco a trajetória do protagonista - inocente, mas inteligente e corajoso, madura até, visto a situação pela qual passa e já passou.
-
A "infância" de Ivan.
-
Uma reflexão delicada e poética sobre o salto de etapas que uma guerra traz a qualquer um. Belíssimas imagens esculpidas com paciência e emoção pesada.
-
Mais um da série 'Filmes sobre guerra que o tempo tornou chato'.
-
O uso da fotografia é uma belezura à parte (reparem na saída do personagem da canoa na cena do lago, que plano lindo), pena que perde-se muito tempo em subtramas que não avançam com o enredo principal.
-
Técnica: 9.0 Ciência: 8.5 Arte: 8.5 Nota: 8.66
-
Começo de carreira de Tarkovsky, já começa apresentando o mundo como mistura do concreto com os sonhos/memórias, já com algumas ousadias formais, ainda que aqui se trabalhe com uma história um pouco mais tradicional.
-
Funciona como um grande rascunho de luxo para dois marcos cinematográficos: a fenomenal carreira de Tarkovsky e a realização, muitos anos depois, do inacreditável 'Vá e Veja'.
-
Um filme dedicado a enaltecer o espírito guerreiro do povo russo (até crianças) e, também, tentar justificar suas atrocidades (fruto desta valentia "vingativa"), por ocasião de sua invasão a outros povos e, até mesmo à alemanha, ao término da II GM.
-
Ivan "brincando" com o rifle, perfeita síntese da perda da inocência e da pureza em tempos de guerra, segue como uma das minhas cenas preferidas.