- Direção
- Roteiro:
- Robert Bresson
- Gênero:
- Origem:
- Duração:
- 95 minutos
Lupas (11)
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O que mais impressiona neste penúltimo filme de Bresson é o quanto ele é pessimista. As utopias morreram, a revolução foi um sonho ruim, as ideologias do Maio de 68 convergiram para o abismo, o capitalismo estéril caminha solenemente para esgotar o mundo. O discurso é um grito desprovido de sentido, o aparato social é desespero, o vazio existencial chegou ao insuportável. Nada mais contemporâneo que esse mal-estar geral das coisas. Bresson tinha um olhar aguçado para as nossas mazelas de sempre.
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Sou mais um daqueles que tem uma dificuldade tremenda com o cinema de Bresson e mesmo neste exemplar que comparado à sua carreira se destaca por excesso de diálogos e personagens, ainda sim minha mente ficou avoada por todo filme confessando aqui meu desejo para que o suicídio ocorresse de uma vez por todas.
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Não sou fã do andamento dos filmes de Bresson, mas neste temos um belo retrato da deprimida geração pós-hippie que se encontra nas garras dos diabos modernos.
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O diálogo com o psicanalista e a cena do ônibus marcam o filme.
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Acho que meu preferido do diretor tlvz continue sendo Um Condenado a Marte Escapou. Os melhores momentos estão em Mouchete e no Diário de um Pároco de Aldeia. Aqui sua temática mais interessante, não me restam dúvidas quanto a isso...
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Tenho restricões à estética do Bresson, não só qnto ao minimalismo mas tb à construcão do seu discurso. Interessante olhar a obra como um retrato da desilucão da juventude francesa pós Maio de 68. Argumentalmente chato. E que mania chata de filmar os pés.
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26/04/13
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Os atores são tão ruins que parece que estão chapados; temas complexos são tratados de uma forma ligeira e superficial, quase constrangedora.
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A temática é insuportável - molecada reclamando das complicações do mundo, criticando humanidade não dá! Mistura dedos de ativismo com esse catastrofismo retardado. Lógico que o final de uma ameba dessas só poderia ser assim. Difícil chegar no fim, mesmo engajando na atenção não dá pra segurar. A cabeça viaja.
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Eu vejo os problemas do mundo. Poderia resolvê-los, se quisesse. Mas, prefiro continuar com minha vida burguesa vazia, niilista, sem perspectivas ou emoções. Afinal, a sociedade me dá tudo que preciso. Tudo é tão atraente. Então, vamos brindar ao Diabo?
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As dores dos dejetos humanos emaranhados em uma sociedade que vaga pelo vazio, definhando-se, com suas convulsões, em um ensopado de vômito existencial. Uma visita ao abismo, na melhor das hipóteses.