Lupas (37)

Gene Hackman aprendeu a tocar saxofone especialmente para o filme.

Em "A Conversação", Coppola propõe uma visão da América extremamente negativa, na qual o imaginário de notável democracia é apenas uma fachada para o controle e manipulação da sociedade pelos poderosos de sempre. Perceber-se parte deste mundo leva o alienado personagem de Gene Hackman (absurdo em cena) a um estado de culpa, sufocamento e delírio. Não há alívio em parte alguma, não se pode fugir das sombras. Filme impressionante!

Um interessante estudo de personagem e uma retrato sobre ética, paranoia e culpa; ainda assim demora a envolver o espectador. A impressão é que se não tivesse o nome do Coppola na direção, digo, se fosse o nome de um diretor desconhecido, não teriam estas notas tão altas dadas a ele

Excelente direção de Francis Ford Coppola, um filme bem lento mas que detalha de forma magistral a personalidade do misterioso e confuso personagem principal, a falta de ritmo incomoda um pouco no início mas logo o filme se torna arrebatador e te envolve totalmente na história.

Demora muito para pegar um ritmo bom, e isso o impede de ser uma obra-prima. Os conflitos de alguém que precisa lidar com suas culpas e responsabilidades por poder saber de tudo o que quiser.

Exemplar poderoso de que um distúrbio psiquiátrico/psicológico reflete, nesse caso, a exacerbação, deturpação ou inibição de sentidos, e nisso Gene Hackman contribui com a maior atuação de sua carreira. Som passado e presente se confundem com imagem e paranoia nessa imersão da psique. Introspectivo e perturbador.

Coppola, em uma jornada claramente psicológica, inspira-se em Antonioni para desconstruir seu personagem principal (Gene Hackman, em grande interpretação) e concatenar tensão, curiosidade e reflexão social dentro de suas duas horas de duração.

Condução elegante de Coppola,num filme frio e lento.Hackman ótimo como paranóico,e a virada final é genial.

ARQUIVO.

Drama psicológico de alto nível, com toques geniais de melancolia e ironia. Hackman está irretocável e a condução de Coppola é magistral. Não fosse a justificada porém excessiva lentidão no desenvolvimento do protagonista, o filme seria perfeito.

Pura perfeição narrativa. Obra prima absoluta dona de uma cena final única e inesquecível que encerra o filme com chave de ouro.

14/05/2016

Gosto mais das escolhas narrativas de Coppola do que propriamente do roteiro. O silêncio que toma conta do filme transforma A Conversação em um filme intimista e minimalista e também frio, o que me parece ser positivo e também proposital.

O distanciamento, tão necessário para o personagem de Hackman, acaba tornando o filme frio e até um pouco chato - como espectador, é difícil se envolver, o que é amenizado no final. Entretanto, tudo é muito bem filmado e a trilha sonora é espetacular.

Muito bom, se torna um pouco arrastado e repetitivo no seu desenrolar, imagino que esse seja o objetivo, funcionar como um martelo na mente de Harry Caul, um bom final...

Excelente thriller.

Autobiográfico e simbólico, uma obra do isolamento e neurose de um homem só, preso num jogo de interesses e ilusões que pode não só deturpar a finalidade de sua obra, mas fazê-lo perder o controle da representação e sua criação finalmente destruí-lo.

Achei chatão, todo mundo fala bem, mas quando vi foi quase um sonífero.

Uma história intrigante e um estudo de personagem excelente!A narrativa é lenta mas serve pra fazer o espectador ficar apreensivo e entender um pouco mais o personagem principal!Trilha sonora elegante e o filme é esteticamente criativo e irrepreensível!

17/12/08