Lupas (10)

Quando uma continuação é melhor do que anterior. Demora um pouco pra engrenar. Boris Karloff está mais uma vez ótimo, mas Ernest Thesiger rouba a cena quando aparece. A cena com o cego é maravilhosa.O roteiro é melhor porque as discussões morais são mais bem desenvolvidas. Tecnicamente é muito bom e o que se destaca são a trilha e a maquiagem. Os efeitos visuais são ótimos. Tem seus problemas, o principal sendo que a noiva aparece bem pouco mas é um ótimo filme. O final é sensacional.

O primeiro ato é demorado, e o monstro acaba tendo pouco espaço. É justamente quando ele aparece que a história começa a ficar interessante, para então caminhar rumo a um desfecho anticlimático.

Altera vários pontos do filme anterior, acerta às vezes, erra outras. A produção é bem mais grandiosa e tem mais nuances. Pena que a noiva apareça tão pouco.

Há um certo patamar de dramaticidade, como no original, ao dialogar com questões existenciais e a monstruosidade dos seres humanos. Mas é nos momentos de pura diversão que o longa acontece de verdade: a cena com o homem cego, a noiva, a cena de abertura..

Apesar de continuar com um terror inocente e previsível, os cenários são excelentes e o Frankenstein falante é muito divertido. Boa diversão com uma leve cutucatinda na questão do homem matando para ressuscitar.

O roteiro tem uns FURAÇOS mas esse filme é muito amor gente... "Drink? Good! Smoke? Good! Friend? Good!" ♥

Antes de 1994.

A sacada de mostrar Mary Shelley narrando a continuação de sua história é genial como metalinguagem, mas James Whale tinha muito mais para mostrar. Basta ver as cenas de concepção da noiva - e a própria noiva - para constatar o talento do diretor!

Os mesmos acertos e erros do original podem ser encontrados nessa continuação. O grande trunfo de 'A Noiva de Frankenstein' é abrir espaço para o personagem monstro e a atuação de Karloff, a melhor coisa de ambos os filmes.

Uma grande atmosfera e um senil Karloff