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- Direção
- Rainer Werner Fassbinder
- Roteiro:
- Rainer Werner Fassbinder (peça teatral e roteiro)
- Gênero:
- Drama
- Origem:
- Alemanha, Alemanha Ocidental
- Estreia:
- 31/12/1969
- Duração:
- 124 minutos
Lupas (14)
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Persianas como grades.
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2023 Maio - 050
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O ser humano em toda sua complexidade. Em todo seu desespero, sadismo, desejo, amargura e submissão. Em toda sua face de horror, nas palavras malditas, o vazio inominável. Chego a pensar que este é o melhor filme de Fassbinder. Um melodrama mórbido, inquietante, seco. Conduzido por uma encenação rigorosa. Que enclausura os personagens, mas permite manifestar toda uma gama de sensações desconcertantes. Extraordinário!
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A pintura que cobre a parede do apartamento de Petra é uma ampliação gigantesca da pintura de 1629 de Nicolas Poussin, "Midas e Baco".
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Peça poderosa e um melodrama profundo, pra variar. Direção foda tb, na câmera, nas cores, no espaço cênico do quarto cheio de elementos. O jogo de poder nas relações e o egoísmo humano intrínseco. F.Montenegro deve ter destruído como von Kant no teatro.
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O cenário claustrofóbico e quase surreal ajuda os diálogos (afinadíssimos) e as grandes atuações a sustentar as duas horas de um intenso drama, ainda que a fórmula teatral canse um pouco. Há também um belo uso de cores e música aqui. Ótimo filme.
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Saí-se muito bem como filme maníaco depressivo e no desmembramento psicológico da personagem. Os belos enquadramentos claustrofóbicos e toda a interação corporal são notáveis, mas daí a conseguir apreciar uma obra tão pesada como essa são outros 500.
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A ruína da persona quando o respiro do autêntico e verdadeiro é sufocado, numa batalha silenciosa construída por Fassbinder pelo poder nos relacionamentos, cada personagem com suas brechas e armadura, cada idealização e aparência exposta e abatida.
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Os diálogos são excelentes e o clima claustrofóbico está presente. O cinema de Fassbinder é influenciado fortemente pelo cinema de Bergman, mas em nenhum momento o alemão consegue recriar a mesma aura para seus personagens, ainda que se aproxime.
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Fabuloso jogo cênico onde a amargura é explícita e a intimidade sexual é colocada em jogo mas longe do escancarado - todas as situações dos relacionamentos (narrados ou acontecidos) poderiam ser utilizados em qualquer sexo. Os enquadramentos deslumbram.
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Íntimo e amargo, e não se pode dizer que o título não tinha avisado. O domínio cênico das atrizes, em desempenhos exíguos, deixa fluir diálogos que martelam e pungem à medida que vão se desdobrando.
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05/11/11
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O filme antídoto contra qualquer ausência de amor próprio. Daqueles que não deixam escapar do ringue e não satisfeitos em nocautear, ainda chutam o corpo no chão só pra machucar um pouco mais.
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Extremamene intimista, trata com muita competência do interior humano de pessoas extremamente, arrogantes e vazias, que tem seu umbigo, como o mundo