- Direção
- Federico Fellini
- Roteiro:
- Federico Fellini, Tullio Pinelli
- Gênero:
- Drama
- Origem:
- Itália
- Estreia:
- 31/12/1969
- Duração:
- 104 minutos
- Prêmios:
- 29° Oscar - 1957
Lupas (26)
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Os desajustados. Eles nunca encontram seu lugar, vivem em constante luta contra a solidão, errantes em um mundo que os despreza. Zampanò é bruto, ignorante, algoz e vítima do mundo que o cerca. Gelsomina é a simplicidade de uma manhã de sol, ingênua, doce, curiosa, vítima dos absurdos da vida. Dois seres humanos fadados ao infortúnio por serem excluídos e solitários. Federico Fellini estava em seu melhor. O humanismo de seu filme é um verdadeiro despertar da consciência
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É muito interessante o contraste da personagem de Giulietta Masina, bondosa, ingênua e sonhadora, com o de Anthony Quinn, forte, violento, ignorante, em um contexto onde a busca pela sobrevivência se confunde com a solidão, o desprezo e a tristeza da vida. E com toda aquela Itália em reconstrução de fundo.
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O olhar triste (mas esperançoso) de Gelsomina nos evoca um turbilhão dos mais belos e melancólicos sentimentos, que embora contraste ao de Zampanò, ambos desejam a mesma coisa: Ganhar a vida. E aqui a fantasia circense nunca fora tão essencial pra ilustrar uma Itália pós-guerra em reconstrução moral, onde a arte apazígua as maiores dores. Até uma pedra tem um sentido de existir, uma finalidade.
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A vida como ela é...
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A dor presente no texto e no retrato pessimista do país se contrapõe a belos alívios circenses, oferecendo a arte como única alternativa vital. Essa tensão se reflete na relação dúbia entre os protagonistas: um lado transborda rigidez; o outro, poesia.
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Masina consegue ser bem expressiva e simpática com todo o seu silêncio, e sua relação de desilusões com Quin é até interessante, assim como os próprios personagens. Mas faltou uma movimentada no roteiro para o filme fluir melhor. E o final é de matar.
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Obra difícil de se assistir pelo caráter predominantemente pessimista e niilista que permeia as principais cenas e dá tom ao final. Pela imparcialidade da direção, toques de humor negro e o carisma da protagonista, o filme me ganhou. Mas nunca reverei!
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16/02/08 -Com magnífica fotografia de Otello Martelli e trilha-sonora de Nino Rota, é um dos filmes mais sensíveis e poéticos de Fellini. Outro ponto forte é a atuação soberba de Massina e Quinn, que fazem Gelsomina e Zampano com muito carisma.
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Simpático e instável (no que isso tem de bom e de ruim).
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Fellini constrói um relação dura,triste, platônica e ao mesmo tempo charmosa sobre um amor que não é bem um amor e sim uma espécie de dependência. Faltam mais reflexões como é o caso da utilidade da pedra que permanece como o ponto máximo deste belo filme
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O filme definitivo sobre arte circense, sobre a arte em si e a vida dos artistas nômades roots. Dois personagens antológicos personificados magistralmente por caricatos Masina e Quinn. A sensibilidade artística do olhar de Fellini é notável.
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Uma obra como essa não figurar entre os 500 melhores filmes desta plataforma expõe a qualidade nefasta de alguns de seus editores.
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Uma espécie de romance platônico que dá aperto no coração de quem testemunha essa incapacidade na demonstração do amor. Um dos finais mais tristes que já se filmou.
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Magnífico.
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Sem muitos recursos técnicos, porém, com maestria, FELLINI, consegue passar uma visão da vida dos artistas de circo e suas mazelas.
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Masina e seus olhares... Um dos melhores de Fellini!
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Os caminhos tomados não agradam muito e grande parte dos personagens são irritantes. Apesar de tudo, Fellini monta um road movie comovente sobre a ingenuidade ao encarar o mundo, e apresenta uma das trilhas sonoras mais sutilmente belas já feitas.
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Melhor papel de Giulietta Masina no cinema - entre outras, porque sua Geosolmina não fala uma só palavra. O canastrão Anthony Quinn ganha uma canhestra dublagem em italiano que faz mais rir do que as fracas piadas do filme.
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Muito ingênuo - até mesmo para sua época. A esposa de Fellini não encaixou bem no papel.
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Tanto Zampano quanto Gesolmina têm suas razões para odiarem a vida ao longo do filme , ao mesmo tempo que um forma um contraponto profundo do outro, estabelecendo um laço intenso com e através de arte. O final, duro e triste, é lindíssimo.