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- Direção
- Abbas Kiarostami
- Roteiro:
- Abbas Kiarostami
- Gênero:
- Drama
- Origem:
- França, Irã
- Estreia:
- 31/12/1969
- Duração:
- 95 minutos
- Prêmios:
- 50° Festival de Cannes - 1997
Lupas (22)
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O filme é guiado pela morte, o desejo da morte, o suicídio como alívio do desespero, a fuga do amargor das coisas. Definitivamente não se pode sentir a dor do outro. Mas também é um filme que inspira vida, a natureza e seu conforto, aquela luz irradiando na terra, nas pessoas. As sábias e calorosas palavras do velho homem que o protagonista encontra por último. Uma poética e reflexiva representação da existência humana.
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Visualmente forte e dramaticamente instigante. O cinema é a cereja de Kiarostami.
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Pedrada!
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Com um final surpreendente que divide o público de acordo com suas perspectivas, nos distanciando ou justificando ainda mais as ações do protagonista, Kiarostami realizou uma obra extremamente imersiva, que embora trate da morte, é da vida e suas razões em continuar existindo que a narrativa se desenvolve, num misto de tristeza, curiosidade e acima de tudo solidão. Gostando ou não, é impossível ficar indiferente e passar horas ou dias refletindo sobre o que acabou de ver.
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Não sei o que dizer, mas não é o tipo de cinema que admiro e tanto a jornada quanto o final, embora interessantes, não me satisfazem plenamente (tanto numa eventual postura reflexiva quanto emotiva - o que me parece menos desejado).
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Badii se matou? Se o fez, por quê? Será que foi ajudado no seu desejo final? Por que precisava tanto dessa ajuda? Há poucas certezas nesta obra, mas uma delas é a beleza com que foi produzida. Não sei em quantos momentos, com a câmera do carro focada em Badii, senti vontade de conversar com ele, perguntar o porquê daquilo tudo. E esperava ser perguntado se, afinal, poderia ajudá-lo. Eu ajudaria? Qual minha parcela de responsabilidade? Qual a minha responsabilidade se me negasse?
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Muitas vezes queremos (e precisamos) estar sozinhos para pôr as coisas no lugar, mas quando se está só por tanto tempo, sua própria companhia pode ser sua maior dor. Filme reflexivo e poético para ser assistido sozinho.
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A reflexão de Kiarostammi é válida:Qual o sentido da vida e o que leva o ser humano a não preferir a morte, ou preferir? Onde está a salvação do homem (segurança,religião e ciência)?
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É lento,mas sua caminhada reflexiva e angustiante é interessante.
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Tem que ser muito alucinado para acreditar que um filme paupérrimo assim, onde basicamente mostra um carro andando no meio de uma colina enquanto seus personagens NÃO ATORES ficam tagarelando besteiras e SEM um desfecho é uma boa história. NetNow 4-17
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Um turco foi ao médico e disse: 'Quando toco meu pescoço dói, quando toco minha cabeça dói, quando toco meu corpo dói'. O médico respondeu: 'Não tem nada de errado com seu corpo, é seu dedo que está machucado'. Grande filme!
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Parece que o próprio filme é uma pessoa que acompanha com relutância e angústia a saga derradeira de seu protagonista, tenebroso em esperar que, caso a morte se concretize, sua existência se esvai junto de sua figura sem passado, sem pretensões de futuro.
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Não é do feitio do diretor agitar questões polêmicas, e não porque fuja delas.É que seu cinema funciona como um espelho.Ele nos dá exatamente o que dele recebemos. Como num espelho, o que vemos é o que expomos. O que retiramos da imagem é o que lhe damos.
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A aurora, o crepúsculo, a lua, as estrelas, a chuva. Existe amargura capaz de fazermos desistir do gosto da cereja?
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05/06/09
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Um road movie contemplativo e algo espiritual sobre a procura humana por um sustentáculo vital que requer aguçado interesse, ao qual se segue um epílogo recompensador e inebriante.
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Acho que o maior defeito do filme é essas múltiplas camadas de reflexão, não é por ser extremamente contemplativo e cheio de simbolismo que precisa ser tudo tão vago.
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Cinema puro, feito de ideologia e truques de câmera, qualidades de um bom observador - e de um bom filme, afinal de contas. Meu primeiro Abbas Kiarostami foi uma experiência e tanto, já que aqui o gosto é amargo e puritano.
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Um filme bastante reflexivo.
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O final arruína tudo. As pseudo-filosóficas discussões são tão tênues que o cidadão parece querer cometer suicídio por conta do sol forte.