
- Direção
- David Lynch
- Roteiro:
- John Roach, Mary Sweeney
- Gênero:
- Drama
- Origem:
- Estados Unidos, França, Reino Unido
- Estreia:
- 31/12/1969
- Duração:
- 112 minutos
- Prêmios:
- 72° Oscar - 2000, 57° Globo de Ouro - 2000, 52° Festival de Cannes - 1999
Lupas (37)
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Apesar do filme começar bem falando das temeridades do envelhecimento e a bela história de um senhorzinho viajando alguns estados num cortador de grama para ver o seu irmão doente (com quem tem uma desavença), no fim acaba sendo como uma comida com pouco tempero desembocando num final pra lá de anti-climático. Mas não posso deixar de destacar o carisma de Farnsworth.
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Lindo demais, raríssimas vezes o cinema trouxe algo tão belo. Descrição mestre da velhice, todos os pensamentos e situações são gerais - a teimosia dos velhos antigos era um espetáculo. Gerações marcantes, que não foram bem substituídas, esse nível de coragem e ensinamento faz falta demais na formação da humanidade. Seria a atuação de Richard Farnsworth (um figurante na carreira!) aqui a melhor da história?
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Quando David Lynch se afastar um pouco do surrealismo; ele cria coisas maravilhosas. Um dos melhores "Road movies" da história. Impossível não se encantar.
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Definitivamente esse estilo de narrativa não é a área de domínio de David Lynch.
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Tem uma calma e sutileza impecáveis e, em como todo o Lynch, carrega grandes simbolismos e detalhes profundos. A vida ainda cativa tanto o protagonista, que vai com a ideia de falar com o irmão doente, mas que entende que essa jornada vai se tornando um testamento de si próprio, entendendo seu próprio caminho na vida e deixando um pouco de seus ensinamentos com os sortudos que o encontram. Com uma alma crescente que vai dando peso à jornada e aos personagens. Farnsworth está gigantesco.
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Lynch sem sua estranheza, sem seu senso único de humor, constrói uma narrativa tão simples e tão poderosa. Farnsworth(Alvin) tem uma das mais sensíveis atuações que já vi. Tão doce, sutil ele navega por fortes emoções do passado, ao mesmo tempo que lida com o presente, com as notícias ruins que aparecem, com os momentos bonitos e gentis que surgem. É uma obra calma, muito bem cadenciada pela edição e montagem, aliada com a fotografia reluzente para se consumar em algo tão belo como uma fábula.
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O roteiro é simples, mas Lynch conseguiu dar credibilidade e emoção à história de Alvin Straight, ao abordar com sensibilidade temas como a irresponsabilidade dos idosos em geral ("Deus vai dar um jeito de ajudar", como diria minha mãe) e a importância de um "último contato" com um irmão distante, que não se vê há tempos (e ainda tem desavença). No entanto, foi a atuação cativante de Farnsworth (estava com câncer e suicidou-se pouco depois de terminadas as filmagens), que trouxe luz ao filme.
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Chama-se esse filme de uma empreitada convencional de Lynch, quando é apenas um exercício menos surrealista. O dissabor da vida, bem como a percepção de sua fugacidade, se espelha nos personagens que cruzam o caminho de Alvin, convertendo-se em reflexos de sua própria vida. Trata-se de uma de uma das obras mais densas do diretor, revelando suas intenções através de recursos típicos, mas nem por isso menos enigmáticos.
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Filmado com rara sensibilidade e encanto, "História Real" é sobre a simplicidade da vida, a velhice, a sabedoria adquirida com o tempo, com os próprios erros, com a solidão e a perda. É profundamente humano, traz emoção genuína, nos faz considerar nossa própria condição. Belo filme!
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Lynch faz um filme convencional e belo. Mesmo assim, com uma história (real) inusitada. O protagonista é ótimo e tem momentos tocantes.
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Nos momentos em que Lynch libera mais doses de sua veia criativa, o longa cresce; e mesmo dentro de sua própria convencionalidade consegue funcionar em certos momentos. Todavia, a sensação de que há algo faltando impera. O filme mais fraco do diretor.
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Achei esse senhor Alvin muito do fofo. Ele mal precisa abrir a boca: fala com os olhos e com as rugas também. A câmera de Lynch é muito poderosa ♥
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Jornada solitária de um homem que já viu muito da vida, em busca de redenção. Cada personagem que passa pela sua estrada há um aprendizado. Lindão
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Lynch colocando no chinelo muito diretor metido à melodramático quando o assunto é comoção. Um filme simples e não menos lindo e carismático.
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Um filme impossível de não gostar.
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Um road movie peculiar e ao mesmo tempo simplório por trazer com singela naturalidade assuntos dos mais mundanos: convivência, família, tempo, memória, humanidade. A vida está aí para ser vivida e compartilhada, seja qual for a circunstância.
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16/11/07 - Um tocante road-movie que mostra a busca de um sentido na vida, mesmo que esta já ocorra na velhice. David Lynch nos mostra essa história verídica de maneira emocionante e reflexiva, sem cair no sentimentalismo gratuito.
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ARQUIVO.
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Uma estrada canaliza o amor contagioso e ainda vivo de Lynch.
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O filme mais singelo de Lynch! A história é um achado e merecia ser contada. Lynch nos presenteia com silêncios contemplativos, belíssimas paisagens e uma forte mensagem sobre a importância da família! Lindíssimo!